Cultivo orgânico de pepino

O pepino prefere clima quente, não suportando temperaturas muito baixas nem geadas

Quando cultivado, organicamente, o pepino não apresenta sérios problemas fitossanitários

  pepino

O pepino prefere clima quente, não suportando temperaturas muito baixas nem geadas. Por isso, é mais fácil de ser cultivado no período chuvoso. Mas, na época da seca, em regiões de baixa altitude, os dias mais curtos, as temperaturas mais baixas e a menor luminosidade levam a maior formação de flores femininas, o que resulta em maior número de frutos e produtividade mais elevada.

Nas regiões onde a altitude é superior a 800 metros, a semeadura pode ser feita de agosto a fevereiro. Em locais baixos, normalmente, a época de plantio vai de março a agosto, porém, pode-se plantar o ano todo, com vantagem para o produtor, já que irão produzir na entressafra.

O cultivo de pepino em estufa, que é mais recomendado para cultivares do tipo "japonês", permite a produção durante o inverno, em regiões onde ocorrem baixas temperaturas nessa estação. Além disso, a estufa conta com a vantagem de reduzir a luminosidade, o que favorece a formação de flores femininas.

Quanto à formação de mudas, grande parte dos produtores faz a semeadura direta na cova, semeando 4 a 6 sementes juntas, a uma profundidade de 2 centímetros. Mas, quando se usam sementes híbridas, de custo elevado, o melhor é semear em recipientes, como os copos de jornal ou de plástico. Assim, há melhor aproveitamento das sementes.

A adubação do pepino recomendada é de 10 toneladas de composto orgânico por hectare, o que equivale a 400 gramas por cova no espaçamento de 1,0 m ou 500 gramas no espaçamento de 1,2 m entrelinhas. O composto deve ser misturado à terra, na cova e, em seguida, deve ser feita uma rega para auxiliar no "pegamento" das mudas.

O manejo da cultura de pepino leva em consideração atividades como irrigação, capinas, tutoramento e amarrio, manejo da plantas e adubação em cobertura. Quanto ao manejo e controle de pragas e doenças, o pepino não apresenta sérios problemas fitossanitários quando cultivado organicamente, pois todas as práticas empregadas nesse sistema contribuem para a maior resistência das plantas.

Passando à colheita, esta deve ter início entre 60 e 80 dias, após a semeadura, dependendo do tipo empregado, prolongando-se por dois meses. Colheitas frequentes estimulam a produtividade. Dessa forma, torna-se vantajoso fazer, no mínimo, três colheitas por semana.

O produtor deve ficar atento à demanda do mercado consumidor, pois ele exige frutos tenros, alongados, retos e sem curvaturas. Os frutos que se apresentam amarelados não têm boa aceitação, pois passaram do ponto ideal de maturação. O rendimento médio de frutos de pepino, tipo japonês, por exemplo, produzido em um sistema orgânico, em estufa e com espaçamento de 1,2 m por 0,4 m, tem sido, em média, de 3 a 3,5 Kg por planta, o que equivale a uma produtividade de 62.400 a 72.800 Kg/ha.

No que diz respeito à comercialização, as hortaliças orgânicas (no caso em especial, o pepino) são comercializadas, geralmente, em feiras livres, por meio de entrega em domicílio, em quitandas e em supermercados, que dispõem de gôndolas destinadas especificamente aos produtos orgânicos.

Para maiores informações, consulte o curso Cultivo Orgânico de Tomate, Pimentão, Abóbora e Pepino, elaborado pelo CPT - Centro de Produções Técnicas. O curso conta com a coordenação do Pesquisador Jacimar Luis de Souza, que orienta sobre bases e princípios da agricultura orgânica, cultivo orgânico do tomate, do pimentão, da abóbora e do pepino, entre outros. Leia também nosso outro artigo Condições ideais para a produção de tomate orgânico.

Beatriz Lazia 31-10-2012 Agricultura Orgânica

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