Café Conilon e sua formação de mudas

O café Conilon pertence à espécie Coffea canephora, variedade robusta que origina uma planta alógama, ou seja, a reprodução se dá pelo cruzamento de uma planta com a outra

As mudas do café Conilon podem ser formadas por meio de sementes ou de estacas

O café Conilon pertence à espécie Coffea canephora, variedade robusta que origina uma planta alógama, ou seja, a reprodução se dá pelo cruzamento de uma planta com a outra. Por isso, apresenta alta variabilidade genética, ou seja, uma lavoura formada a partir de sementes pode apresentar plantas com características muito diversificadas.

A instalação de uma lavoura de café Conilon deve ser feita, usando-se preferencialmente as variedades clonais, entretanto, o uso de sementes provenientes de plantas selecionadas pode ser uma alternativa na falta de mudas de variedades clonais.

Por falar em mudas, as mudas desse café podem ser formadas por meio de sementes ou de estacas, que originam os clones. Em ambos os casos, o material de propagação deve ser proveniente de plantas matrizes produtivas, sadias e com características agronômicas superiores, de preferência, originadas de instituições de pesquisa.

No entanto, a variedade clonal, quando oriunda de um trabalho prévio de seleção de plantas matrizes, apresenta as seguintes vantagens em relação à de sementes:

- maior produtividade; - maior uniformidade de maturação; - maior produtividade na primeira colheita; - melhor qualidade do grão; - ciclo diferenciado de maturação; e - programação escalonada de colheita.

Para as mudas realizadas por meio de sementes, a escolha do local do viveiro deve levar em consideração a boa tipografia, a facilidade de acesso, pouca umidade excessiva, facilidade de água para irrigação, o não recebimento de enxurradas de lavouras já formadas e se é livre de ervas daninhas e problemas como tiririca e grama-seda. Na hora da semeadura, o método de semeadura direta nos recipientes é mais indicado, pois produz mudas de melhor qualidade.

No caso de mudas clonais, para formar mudas a partir de estacas, é necessário mantê-las em ambiente úmido, principalmente durante o período inicial de enraizamento. Para isso, existem dois sistemas que podem ser utilizados, são eles: viveiros especiais com microaspersão e os estufins. No primeiro, as mudas são mantidas em viveiros com meia sombra, contendo um sistema de irrigação de microaspersão; no segundo, há um canteiro com cobertura plástica apoiada em suportes e as mudas são colocadas debaixo dessa cobertura.

Uma vez plantadas, as estacas levam de trinta a quarenta e cinco dias para a formação do "calo", que originará as raízes. Nesse período, é fundamental a manutenção de um bom nível de umidade no solo e no ar, devendo-se, entretanto, evitar o encharcamento do substrato. Após a formação do "calo" e início do enraizamento, as mudas permanecem ainda no viveiro por mais sessenta a setenta dias, quando devem possuir de dois a três pares de folhas.

Por Equipe CPT de Redação.