Escolha das máquinas e custo da operação de uma colheita mecanizada de café

Existem diferentes tipos de máquinas no mercado para se realizar, mecanicamente, todas as etapas da colheita do café

A utilização das máquinas reduz a mão de obra e torna a colheita mais rápida

máquinas Existem diferentes tipos de máquinas no mercado para se realizar, mecanicamente, todas as etapas da colheita do café, desde as que permitem realizar apenas uma das etapas, como as automotrizes que, de uma vez só, realizam a maior parte delas. Deve-se ter em mente que é preciso procurar obter o máximo de rendimento das máquinas, ou seja, trabalhar de forma que a capacidade operacional seja a maior possível. Entretanto, é importante saber associar a sua capacidade operacional com a área de lavoura que cada uma delas terá condições de executar. Alguns valores devem ser considerados para a escolha do maquinário, são eles: - capacidade operacional média, em hectares por hora; - jornada de trabalho diária, em horas por dia; e - tempo total, em dias, disponíveis para que cada operação seja realizada. Em relação ao valor de jornada de trabalho a ser considerado, este deverá ser definido de acordo com as condições de cada propriedade. Tomaremos, como exemplo, valores médios, mais comuns de serem encontrados, que são: - 12 horas para a arruação e para a varrição; - 10 horas para a derriça com derriçadora portátil, derriça com derriçadora tratorizada e recolhimento; - 3 horas para a abanação, uma vez que esta máquina trabalha apenas nos momentos de abanar o café, o que geralmente acontece no final de cada turno de trabalho; - 15 horas para as colhedoras combinadas, tanto de arrasto como automotrizes. De forma semelhante, o tempo disponível para realizar cada operação deverá ser definido em cada propriedade, de acordo com o interesse de cada produtor. Mas tomando como base valores médios, consideramos os seguintes valores: - arruação: 30 dias; - demais operações: 75 dias. Passando agora ao custo das operações de colheita do café, o custo de utilização de uma máquina agrícola é, geralmente, dividido em custos fixos e custos operacionais. Os custos fixos envolvem os custos que não variam com a intensidade de uso da máquina. Entram na determinação dos custos fixos a depreciação, o juro sobre o capital investido, os impostos, os custos associados ao abrigo da máquina e ao seguro. Mesmo que a máquina não seja guardada em um abrigo, esse item deve ser incluído no custo, pois uma máquina deixada ao tempo vai estragar mais que uma máquina guardada em lugar apropriado. O mesmo diz respeito ao seguro, pois ainda que o proprietário da máquina não faça o seu seguro, esse fator deve ser incluído no custo da máquina, já que o proprietário é quem estaria assumindo todos os riscos com a utilização da máquina. Quanto aos custos operacionais, estes variam com a intensidade de uso da máquina e envolvem os custos associados com combustível e lubrificantes, custos de reparos e manutenção e custo de mão de obra para operação da máquina. É importante salientar que a máquina colhe em torno de 90% do café, o restante é colhido por repasse manual. No caso de colhedoras a granel, tem-se um trator tracionando uma carreta que trabalha paralelamente à colhedora. Caso tenha interesse em maiores informações, consulte o curso Colheita Mecanizada de Café, elaborado pelo CPT - Centro de Produções Técnicas. O curso conta com orientações a respeito das etapas da colheita de café, da colheita mecanizada de café, escolha das máquinas, entre outros. Leia também nosso outro artigo Saiba quais são as vantagens e as limitações da colheita de café mecanizada.

Beatriz Lazia 21-11-2012 Cafeicultura

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