Produção de Helicônias

As helicônias são de origem tropical, distribuídas pelas Américas Central e do Sul

As helicônias são usadas comercialmente como plantas de jardim, em canteiros ou vasos, ou flores de corte

  helicônias As helicônias são de origem tropical, distribuídas pelas Américas Central e do Sul. Inicialmente, o gênero foi incluído na família Musaceae, mas, devido a suas características peculiares, passou a constituir a família Heliconiaceae. No Brasil, as helicônias são conhecidas por vários nomes vulgares: falsa-ave-do-paraíso, bananeira-de-jardim, bico-de-guará e paquevira. Dependendo da espécie, as helicônias podem ser encontradas em altitudes de até 2.000 m, sendo poucas as encontradas em regiões de maior altitude. Elas ocorrem frequentemente nas margens de florestas, matas ciliares e em áreas ocupadas por pioneiras, sendo pouco encontradas em áreas alagadas. Crescem bem em locais sombreados, úmidos e levemente secos, de preferência, em solos argilo-arenosos. Elas são usadas comercialmente como plantas de jardim, em canteiros ou vasos, ou flores de corte. Nesse último caso, vem sendo observada uma crescente comercialização nos mercados nacionais e internacionais, graças à beleza e exoticidade dessa planta. Quanto às inflorescências das helicônias, elas apresentam formatos diferentes, podendo ser eretas ou pendentes, com as brácteas distribuídas em um eixo no mesmo plano, ou em planos diferentes. Devido a essa característica, essa planta pode ser subdividida em quatro grupos: inflorescência ereta, com único plano; inflorescência ereta, em mais de um plano; inflorescência pendente, com um único plano; e inflorescência pendente, em mais de um plano. As helicônias, ao longo de seu desenvolvimento, produzem inflorescências depois de emitirem entre quatro e cinco folhas. O período de maior produção de inflorescências normalmente ocorre no início do verão, diminuindo no outono, até parar completamente no inverno. Passando às condições de cultivo, dependendo da espécie, elas podem ser cultivadas desde o pleno sol, até em locais sombreados. Devem ser preferidas espécies de cultivo a pleno sol, por exigirem um menor investimento. Em cultivos muito adensados, pode ocorrer o estiolamento das plantas, em virtude da dificuldade da luz penetrar no centro dos canteiros. As temperaturas de cultivo consideradas ótimas variam de 21 a 35°C. Temperaturas inferiores a 15°C são prejudiciais ao desenvolvimento das plantas. Quanto à umidade, as helicônias são plantas muito exigentes, necessitando de umidade relativa do ar, em torno de 80%, para que alcance seu máximo desempenho. Já em relação aos solos, eles devem ser ricos em matéria orgânica, profundos e porosos, de preferência, bem drenados ou, dependendo da espécie, levemente encharcados. Nesse cultivo, a irrigação deve ser abundante, principalmente após a emissão das folhas, mantendo-se a umidade do solo. Em regiões secas, por exemplo, são recomendadas irrigações duas a três vezes por semana, evitando-se, entretanto, o encharcamento do solo. Os principais métodos recomendados são o gotejamento e a aspersão baixa. Já em relação às pragas e doenças que podem atacar essa cultura, o principal problema é em relação à ocorrência de nematoides, que devem ser controlados antes mesmo do plantio da helicônia. Para maiores informações, consulte o curso Produção Comercial de Antúrio, Helicônia e Spathiphyllum, elaborado pelo CPT - Centro de Produções Técnicas e coordenado pelo Doutor José Geraldo Barbosa. O curso conta com orientações a respeito do mercado e a produção nacional de flores, tipos de propagação, propagação e cultivo das helicônias, propagação e cultivo do antúrio, propagação e cultivo do Spathiphyllum, entre outras. Leia também nosso outro artigo Antúrio: dicas para a produção comercial.

Beatriz Lazia 28-03-2013 Floricultura

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