Ao final do período de desenvolvimento da floresta de eucalipto, é chegada a hora da colheita, que dependerá de conhecimentos do produtor sobre o momento certo para se fazer a colheita de cada produto pretendido e, também, as técnicas de colheita mais usadas. Nesse momento, o corte deve ser feito quando a taxa de crescimento do povoamento se desacelera, o que depende do espaçamento, da espécie, das condições edafoclimáticas e da qualidade genética das árvores cultivadas.
A colheita, em geral, acontece entre o sexto e o sétimo ano de cultivo. Por isso, a decisão sobre o momento certo da colheita, geralmente, é tomada com base em um inventário florestal, processo pelo qual o volume de madeira existente em uma floresta é estimado, usando técnicas de amostragem. Entretanto, em pequenas propriedades ou florestas de menor porte, a decisão pode se basear em uma estimativa, analisando-se o diâmetro das toras e funções do destino a ser dado à madeira, seja serraria, laminação, celulose, construção civil ou carvão.
Outro aspecto importante que o proprietário rural deve considerar, é a opção pela montagem de um sistema de colheita, na propriedade, ou a terceirização desse serviço. Em geral, a tendência tem sido de terceirização, por dois motivos básicos. Primeiro, os custos de implantação do sistema, em que há necessidade de aquisição de uma série de equipamentos. Segundo, a manutenção de mão de obra especializada, em uma situação em que a colheita, boa parte das vezes, não ocorre o ano todo.
A colheita da madeira pode ser feita de forma mecanizada, semimecanizada ou manual. A mecanizada, feita totalmente por máquinas, exige altos investimentos em máquinas pesadas e sofisticadas e tem proporcionado aumento da capacidade operacional durante o corte de florestas.
No caso da colheita semimecanizada, na qual utiliza-se a motosserra, conta-se com a vantagem do baixo custo de implantação inicial, ao contrário da mecanização total, na qual o custo inicial do processo é muito alto. Apesar da mecanização do setor de reflorestamento ser uma tendência em nosso país, nas grandes empresas desse ramo, o corte semimecanizado, com o uso da motosserra, continua sendo muito utilizado. Por fim, a colheita manual, que é feita por meio do corte das árvores com machados, é uma atividade de baixíssimo rendimento e pouquíssimo usada em reflorestamento.
O eucalipto, por ser uma espécie florestal de rápido crescimento, produtora de madeira de qualidade, tem-se tornado, cada vez mais, excelente alternativa no mercado de madeira para serraria. Na venda da madeira em pé para serrarias, por exemplo, o que se observa no mercado é que os compradores preveem um desconto de 40% do volume bruto de madeira produzida, por área, relativo às perdas proporcionadas pela exploração florestal e pelas etapas de desdobro, como galhos, costaneiras e maravalha, subprodutos do abate e desdobro das toras.
Já em relação à produção de carvão, o rendimento médio em massa de carvão vegetal, em relação à lenha seca enfornada, é de, aproximadamente, 30% em fornos de alvenaria. O carvão é um insumo da indústria siderúrgica, em torno da qual surgiram grandes complexos de produção. Outro mercado crescente é o de carvão vegetal para churrasco, vendido em qualquer supermercado ou mercearia.
Para maiores informações, consulte o curso Cultivo de Eucalipto em Pequenas Propriedades, elaborado pelo CPT - Centro de Produções Técnicas. O curso aborda assuntos como o eucalipto e seus produtos, escolha da área para plantio, aquisição de mudas, preparação da área, manutenção da floresta, entre outros. Leia também nosso outro artigo Manutenção da cultura de eucaliptos.