Como fazer o manejo de papagaios, araras e maritacas

Os papagaios, araras e maritacas fazem parte de um grande grupo de aves, os Psittaciformes

A criação comercial de papagaios, araras e maritacas é uma das soluções para a preservação dessas espécies

  papagaios, araras e maritacas

Os papagaios, araras e maritacas fazem parte de um grande grupo de aves, os Psittaciformes, chamados popularmente de aves do bico torto. Esse grupo ocorre na América do Sul, África e Austrália; possui mais de trezentas espécies e adicionalmente algumas centenas de subespécies e raças artificiais criadas pelo homem, como os diversos periquitos e agapornis. A criação comercial dessas aves é tida hoje como uma das soluções para a preservação de espécies selvagens.

Os criadores de psitacídeos sabem que a nutrição e as instalações adequadas são fatores essenciais para manutenção da saúde e procriação dessas aves. No entanto, algumas falhas graves no manejo podem levar o pássaro a uma lenta debilitação, ocasionando até mesmo a sua morte. Mesmo assim, muitos criadores se esquecem de alguns cuidados ou pouco se importam com a higiene.

É importante lembrar que, na natureza, um papagaio, por exemplo, come apenas alimentos perfeitamente frescos e nunca entram em contato com suas fezes ou restos de comida, convivendo em harmonia com uma quantidade limitada de endo e ectoparasitos. Sendo assim, quando em cativeiro, os criadores devem ter a preocupação de lhes proporcionar higiene e alimentação adequadas, pois, caso contrário, a ave estará sempre em contato com fungos, bactérias e outros agentes patogênicos.

Quanto aos viveiros e ninhos, existem dezenas de tipos empregados para criação cujas características variam com o tipo de ave, terreno e características morfoclimáticas do local. A disponibilidade de capital do criador influencia diretamente nas instalações de um local. Os locais onde ficarão os ninhos e comedouros devem ser protegidos contra chuvas ou excesso de calor. Por isso, deve-se colocá-los em um local coberto com telha.

No que diz respeito à alimentação, a semente de girassol, antigamente dada como o alimento básico para a maioria dos psitacídeos, hoje é vista apenas como um dos importantes itens alimentares que, entretanto, deve ser oferecido com cuidado. Apesar de conter um excelente nível proteico, o girassol contém uma alta concentração de lipídeos que, em excesso, engorda a ave e aumenta o nível de colesterol no sangue, provocando uma baixa atividade sexual e infertilidade do casal.

Ainda nesse quesito, caso haja mão de obra disponível, a alimentação deve ser trocada, no mínimo, três vezes ao dia. Além da prevenção de doenças, a rotatividade alimentar serve como uma excelente terapia ocupacional, pois pode-se testemunhar como as aves ficam alegres, ao verem o tratador trocar as vasilhas a cada nova alimentação. Alimentos que possam se prender no bico das aves, tais como angu (polenta), papas e legumes muito cozidos devem ser evitados, visando prevenir problemas veterinários.

Por fim, o sucesso reprodutivo de um criatório dependerá em parte do constante monitoramento dos casais e filhotes. O criador deve saber exatamente quando um par começou a manifestar atividade reprodutiva, quando foi colocado o primeiro ovo, os dias em que os filhotes nasceram, qual a capacidade reprodutiva de cada par, entre outros. Sendo assim, um casal nunca deve permanecer por mais de dois anos nas mesmas condições, se não houver reprodução. Nessa situação, aconselha-se procurar um especialista para tentar identificar as causas da inatividade reprodutiva e tomar as medidas necessárias.

Para mais informações, consulte o curso Criação Comercial de Papagaios, Araras e Maritacas, elaborado pelo CPT - Centro de Produções Técnicas. O curso conta com orientações a respeito dos fatores relacionados ao manejo dessas aves, cuidados veterinários, reprodução, entre outros. Leia também nosso outro artigo a respeito Criação de canário-da-terra é uma excelente fonte de renda e de prazer.

Beatriz Lazia 29-10-2012 Animais Silvestres

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