Criação de codornas: saiba como iniciar uma criação de codornas

Para se familiarizar com a criação de codornas, são necessários alguns cuidados, além de técnicas adequadas para o sucesso do plantel

A criação de codornas é relativamente nova em nosso país. Chegou por aqui, em torno dos anos 50, vinda do seu país de origem: o Japão. Sua criação é considerada simples e apresenta menos problemas sanitários e de doenças que a criação de galinhas.

A carne e os ovos de codorna já eram consumidos em seu país de origem, há mais de 1000 anos, com características nutricionais bem vantajosas. Com um manejo reprodutivo que permite reprodução rápida, é possível ter um bom plantel em pouco tempo.

Objetivo da criação:

Para iniciar a atividade, é preciso definir o objetivo da criação de codornas. Se será uma criação de nível caseiro, ou seja, para consumo interno e pouca venda. A criação caseira de codorna é feita com menos custos e aquisição de aves, e o manejo vai sendo aperfeiçoado, na prática,com busca de informações.

A criação comercial da codorna necessita de um espaço mais adequado e investimento em instalações e compra de maior número de aves. Para iniciar, é necessário consultar um profissional de assistência técnica e um médico veterinário.

Escolha das aves:

Para quem nunca criou codornas, é ideal que se adquira em torno de 20 aves inicialmente. Essa prática tem uma série de vantagens, pois o criador iniciante poderá observar a adaptação das aves ao clima regional, além de aprender algumas formas de manejo e verificar o início da produção.

Para se comprar as aves:

-As aves mais criadas no Brasil são as codornas japonesas: Coturnix coturnix japônica;

-Escolher um produtor conhecido e idôneo;

-Escolher aves com mais de 30 dias, pois estas têm menos riscos de adoecer. Além disso, são de fácil adaptação, não necessitando do calor inicial;

-Passando algum tempo, o criador já poderá ter aves da própria criação e avaliar melhor o potencial de produção.

Reprodução das codornas:

As codornas são aves muito férteis e reproduzem o ano inteiro:

-Uma codorna tem capacidade de produzir 42 codornas por ano;

-É necessário 1 macho para cada 3 fêmeas;

-O macho deve permanecer com as fêmeas durante 12 horas;

-Depois de um descanso de 24 horas, os machos já podem ficar expostos a outro grupo de fêmeas;

-É importante que as fêmeas fiquem em ambiente sem estresse para uma fertilização e postura ideais;

-Nesse sistema reprodutivo, deve-se trocar o macho, a cada 2 anos, para evitar modificações genéticas que podem gerar problemas de doenças;

-Os ovos necessitam de apenas 16 dias para serem chocados, podendo também ser chocados em chocadeira a 16°C.

Instalações para criação de codornas:

As instalações dependerão do tamanho da criação. Geralmente, compram-se gaiolas próprias, que devem ser montadas em galpões com telhado de amianto, este muito mais barato. Deve-se ter cuidado com a limpeza dos comedouros e bebedouros. A temperatura média para o conforto das aves e reprodução deve ser em torno de 21 a 25°C. É preciso que as gaiolas sejam suspensas do chão para facilitar o manejo e não expor as aves a perigo. Estas devem ficar em torno de 1,30 m de altura. A população da gaiola é importante para evitar estresse e concorrência das codornas por espaço e alimentação.

Alimentação e abate:

As codornas são aves vegetarianas, podendo então, serem servidos diversos tipos de hortaliças para sua alimentação. O mais comum é servir também rações balanceadas, que são facilmente encontradas no mercado.

As codornas chegam rapidamente à idade de abate, que é em torno de 40 - 45 dias. O peso máximo dos machos é 160 gramas e das fêmeas é de 180 gramas.

Mercado:

O mercado para a criação de codornas deve ser bem observado. Por se tratarem de aves exóticas, seu maior consumo se dá nos grandes centros. A venda para cooperativas que já comercializam codornas e ovos também é uma boa alternativa, assim como a venda para distribuidores. Estes garantem escoamento e giro mais rápido da produção. No caso de pequenos produtores, é interessante optar pela venda direta aos consumidores de ovos e carnes, como em bares e restaurantes, o que torna a lucratividade do negócio mais interessante.

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