Criação de perus

Nos últimos anos, o consumo de carne de peru vem se tornando um hábito nos lares brasileiros.

A criação de perus é uma atividade fácil e  pode ser iniciada com filhotes de um dia de vida, aves jovens ou adultas

  criação de peru

Nos últimos anos, o consumo de carne de peru vem se tornando um hábito nos lares brasileiros. Deixamos de consumi-la somente no Natal e passamos a consumi-la o ano todo, pois estamos à procura de uma alimentação cada vez mais saudável. A carne de peru é rica em teor proteico, além de possuir baixos níveis de gordura e colesterol. No quesito exportação, o Brasil se destaca no ramo, ficando atrás apenas dos Estados Unidos e da União Europeia.

Muito disso se deve ao fato da criação de perus, seja em escala comercial ou mesmo doméstica, ser uma atividade fácil, que não exige grandes investimentos, podendo ser exercida por criadores sem muita experiência. No entanto, é importante que haja uma dedicação por parte do criador, além de boa higiene, fornecimento de alimentação adequada e bons tratos.

O criador dispõe de várias maneiras para dar início à criação. Ele pode adquirir os ovos e colocá-los para incubar; ou se preferir pode começá-la com peruzinhos de um dia de vida, com aves jovens ou mesmo com aves adultas. Lembrando que para todos esses tipos de início existem vantagens e desvantagens. Uma dica para os iniciantes é começar com peruzinhos de um dia de vida, esse tipo de criação poderá demandar um pouco mais de trabalho, mas será uma forma mais econômica.

Para o início da criação, aconselha-se um número em torno de seis filhotes, pois não é um número muito grande nem muito pequeno. Com esse número de filhotes é possível observar se existe uma boa adaptação das aves no local destinado à criação. Além disso, esse número é bom porque nessa fase ainda não é possível distinguir o sexo das aves. Assim, o criador não corre o risco de criar só fêmeas ou só machos.

O local da criação não pode ser úmido, deve ser abrigado e protegido contra chuvas, ventos e sol excessivo. O piso deve ser ripado ou forrado para que os perus não tenham contato direto com o solo. Os filhotes, até um mês de vida, devem ficar em criadeiras, com uma lâmpada acesa para  aquecê-los. No local deve haver disponibilidade de água limpa e fresca para o consumo das aves, cuidando sempre para que elas não se molhem com essa água.

A maior dificuldade dessa criação diz respeito aos primeiros meses, entre os três e os seis meses de vida das aves. Isso porque nessa fase, que é chamada de "crise do vermelho", inicia-se a formação de carúnculas na face da ave e é quando elas estão extremamente sensíveis. Se os perus passarem por geadas ou ficarem expostos ao sol excessivo nessa fase pode haver uma queda da imunidade e alguns podem morrer. Passado esse período, os que sobreviverem irão se tornar aves rústicas e resistentes.

Durante o período do choco, as peruas que são excelentes chocadeiras param de se alimentar e de beber água, pois não abandonam de forma alguma o ninho. Caso isso aconteça, os criadores devem colocar o alimento bem próximo a elas ou, se for o caso, forçá-las a sair para comer.

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Beatriz Lazia 05-06-2012 Avicultura

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