Formação de pastagens com plantio direto

Nova alternativa de formação de pastagens que garante lucro aos produtores rurais

 

Os principais levantamentos feitos no Brasil mostram que a área total aproximada de pastagem com espécies cultivadas gira em torno de 115 milhões de hectares. Já as pastagens naturais, também chamadas de nativas, ocupam 144 milhões de hectares.

A técnica de plantio direto na palha tem sido usada na agropecuária com o objetivo de viabilizar a sustentabilidade da capacidade produtiva do solo, através da redução de perdas por erosão hidríca e eólica. Dessa forma, é mantida a cobertura vegetal no solo (palhada), reduzindo o assoreamento e a eutrofização de represas e cursos d’água, obtendo melhoria das condições físicas, químicas e biológicas do solo, elevando sua capacidade de infiltração e retenção de água e, também, seu teor de matéria orgânica, promovendo, portanto, a preservação dos recursos naturais.

Além dos benefícios ao meio ambiente, o sistema de plantio direto na palha beneficia o produtor, reduzindo o uso de máquinas, e o tempo gasto para a implantação da lavoura, pois evita as operações de aração e gradagem. Além disso, permite incorporar áreas, anteriormente, consideradas impróprias para a agricultura, como as que apresentam solos rasos e sensíveis a erosão, com afloramento de rochas e com declividade que dificulta a mecanização.

Esse sistema de plantio consiste no cultivo sem o revolvimento do solo por aração e gradagem, e na manutenção na superfície do solo de uma camada de resíduos vegetais, a palhada, que pode ser formada por restos de culturas ou de vegetação nativa. Lavrar, gradear, subsolar e escarificar eram as operações mais frequentes para fazer um bom preparo do solo, tanto para formação de pastagens quanto para lavouras.

Na ausência de herbicidas, as plantas daninhas tinham de ser eliminadas mecanicamente (aração, gradagem, escarificação), o adubo era incorporado para ser "melhor" aproveitado pelas plantas, já que a camada superficial do solo era pobre em microrganismos, por causa do solo descoberto que favorecia a evaporação da água e o encrostamento.

No plantio direto na palha, a palhada, além de proteger o solo contra a ação direta da gota de chuva e do vento, dificulta a velocidade do escoamento superficial da água e facilita a infiltração, por não haver formação de crosta. Em geral, as queimadas frequentes, a falta de manejo da fertilidade do solo, o excesso de carga animal, causando o superpastejo, e a subutilização das áreas, causando subpastejo, contribuem muito para que as pastagens rendam menos que seu potencial.

Para mais informações, o CPT - Centro de Produções Técnicas elaborou o Curso Formação de Pastagens com Plantio Direto. Nele, os coordenadores Lino Roberto Ferreira e Dr. Ernani Luiz Agnes orientam a respeito da técnica do plantio direto, da análise do solo, da adubação e do semeio.

Beatriz Lazia 18-11-2011 Pastagens e Alimentação

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