Recuperação e renovação de pastagens

O processo de recuperação ou renovação de pastagens pode ser feito direta ou indiretamente

A degradação das pastagens, processo evolutivo de perda do vigor e da produtividade forrageira, é um dos maiores problemas da pecuária do Brasil na atualidade. Não existe a possibilidade de recuperação das pastagens de forma natural, o que afeta a produção e o desenvolvimento animal.

Na maioria das vezes, esse problema é causado pela má escolha da espécie forrageira, pela má formação inicial, pela falta de adubação correta e pelo manejo inadequado das pastagens. Os maiores problemas da exploração da pecuária encontram-se na deficiência e na baixa qualidade das pastagens em períodos secos do ano, o que acaba prejudicando consideravelmente o desempenho dos animais.

Nos períodos secos, as pastagens apresentam baixo valor nutritivo, além de baixo coeficiente de digestibilidade e pouca palatabilidade para o rebanho, o que gera consideráveis prejuízos para os pecuaristas. Mas, essa degradação pode ser evitada, basta que os produtores utilizem tecnologias capazes de manter a produção no patamar desejado, de acordo com as potencialidades do clima, solo, planta, animal e sistema de manejo.

Quando as pastagens já encontram-se em processo de degradação, o que os produtores podem fazer é recuperá-las ou renová-las. O processo de recuperação consiste em fazer um restabelecimento da produção mantendo-se a mesma espécie ou cultivar. Já a renovação é o processo de restabelecimento da produção com a introdução de uma nova espécie ou cultivar.

A fim de saber qual o melhor método a ser seguido, o produtor deve fazer um diagnóstico de forma a conhecer a história da área para definir qual o melhor sistema de produção a ser implantado após a recuperação ou renovação. Nesse diagnóstico deve conter informações climáticas, tipos de solo, topografia, propriedades físicas e químicas do solo, espécie de forrageira, produtividade, ocorrência ou não de pragas e doenças, entre outros.

O processo de recuperação ou renovação de pastagens pode ser feito direta ou indiretamente. A forma direta consiste no processo de utilização de práticas mecânicas, químicas e agronômicas, sem o cultivo de pastagens anuais ou culturas anuais de grãos. Já o método indireto consiste no uso intermediário de lavouras ou de pastagens anuais.

As etapas da recuperação de pastagens são: devolução de fertilidade ao solo por meio da aplicação de adubos nitrogenados, potássicos e fosforados; e controle auxiliar de plantas invasoras, por meio do uso de herbicidas. Nesses casos, é muito importante que seja feita a manutenção da fertilidade do solo para que não haja o risco de uma nova degradação.

Já as etapas da reforma das pastagens são: aplicação de calcário a fim de corrigir a acidez do solo e incorporação de adubos; restabelecimento da planta forrageira, semeando as sementes de alto valor cultural; um bom preparo do solo, com uma correta profundidade de colocação da semente; e uma competente compactação.

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