Viabilidade da adubação de pastagens

No Brasil, a produção de bovinos em sistemas de pastagens é caracterizada como uma atividade de exploração extrativista, em pastos estabelecidos em solos exauridos por outras culturas,pela erosão, ou em solo de baixa fertilidade natural

Muitos pecuaristas e técnicos já estão convencidos da necessidade da adubação das pastagens, como forma de evitar a degradação

  adubação de pastagens

No Brasil, a produção de bovinos em sistemas de pastagens é caracterizada como uma atividade de exploração extrativista, em pastos estabelecidos em solos exauridos por outras culturas,pela erosão, ou em solo de baixa fertilidade natural. Atualmente, mais da metade da pecuária bovina encontra-se nos estados do Brasil Central, em pastagens implantadas em solos ácidos, pobres em fósforo, em cálcio, em magnésio, em zinco, em enxofre, em nitrogênio, em potássio, em cobre, em boro, em matéria orgânica e com níveis tóxicos de alumínio e manganês.

O maior problema gerado por estes fatores é a baixa produtividade do solo, sendo possível repará-lo por meio da adubação das pastagens. No entanto, muitos agricultores não têm interesse nesse método por considerá-lo inviável economicamente ou mesmo porque as forrageiras tropicais são pouco exigentes em fertilidade do solo, não necessitando de adubações. Mas esse conceito vem mudando. Com o passar dos anos,  muitos pecuaristas e técnicos já estão convencidos da necessidade da adubação das pastagens.

Essa adubação vem para evitar a degradação das pastagens e para explorar o alto desempenho animal e a alta produtividade por hectare. O que ainda é comum são as dúvidas dos pecuaristas quanto à viabilidade econômica da adubação de pastagens para bovinos de corte e de leite.

Estudiosos da área afirmam que a viabilidade econômica da implantação de sistemas de produção de leite em pastagens adubadas intensivamente é muito maior do que para a produção de carne, porque o valor do produto animal obtido por quilo de nutriente aplicado é muito maior para o leite. Por outro lado, a adubação de pastagens exploradas com bovinos de corte traz vantagens adicionais em relação ao manejo da pastagem como um todo e à alimentação do rebanho, mesmo considerando o baixo retorno nesse tipo de investimento.

Podemos dizer que os objetivos da adubação das pastagens seriam:

- evitar a degradação da pastagem; - permitir a sobra de forragem de gramíneas recomendadas para pastejo diferido (como o braquiarão e a decumbens); - aumentar a disponibilidade e a qualidade da forragem no início da seca; - aumentar, de forma rápida, a produção de forragem no início das chuvas.

É importante salientar que as necessidades nutricionais da pastagem, que são as quantidades de macronutrientes e de micronutrientes que uma cultura retira do solo, do ar e dos adubos, para atender às suas necessidades, para crescer e produzir adequadamente, devem ser asseguradas. Pois, caso contrário, a pastagem entrará em processo de degradação, mesmo sendo adubada ou estando em um solo de alta fertilidade natural.

Além disso, a falta desses nutrientes, acima citados, limita drasticamente a eficiência fotossintética e, portanto, limita o restante do total de MS (matéria seca) que a planta deve produzir, o que não é bom para o pecuarista. Como sabemos, a adubação é a adição de nutrientes ao solo para atender às necessidades nutricionais da planta. Não somente isso, mas também deve estar baseada na análise de solo, nos valores normais da composição da planta forrageira, nas exigências dos animais e no nível de produção desejada ou economicamente viável.

Para maiores informações a respeito da adubação de pastagens, consulte o curso Adubação de Pastagens, elaborado pelo CPT - Centro de Produções Técnicas. O curso conta com orientações a respeito da viabilidade econômica da adubação de pastagens, das exigências nutricionais de plantas forrageiras, do manejo da fertilidade do solo da pastagem, estratégias de adubação, entre outros. Leia também nosso outro artigo Recuperação e renovação de pastagens.

Beatriz Lazia 16-10-2012 Pastagens e Alimentação

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