A importância da vacinação adequada em bovinos

A vacina contra a febre aftosa é de um material oleoso e, se mal manejada, pode ocasionar um caroço nos animais

 

Quando se trata de enfermidades, a vacinação é o único método para proteger o animal. Por isso, é imprescindível que os produtores se informem a respeito dos programas de vacinação adotados em cada região e destinados a cada espécie de rebanho.

A febre aftosa, por exemplo, é uma enfermidade que ataca bovinos, bubalinos, caprinos e ovinos. É uma doença de fácil propagação por ser contagiosa. Possui as características de uma febre, como o próprio nome induz, além de causar lesões vesiculares, que formam úlceras no casco, focinho, tetas e boca.

A vacina contra a febre aftosa é de um material oleoso e, se mal manejada, pode ocasionar um caroço nos animais. Esse caroço nada mais é do que uma inflamação provocada pela reação imunológica do animal e que vai diminuindo com o passar do tempo. Para evitar tal "caroço", é importante que o aplicador vacine o animal com bastante calma, injetando-a na tábua do pescoço, entre a pele e o tecido muscular.

É muito importante higienizar o animal e esterilizar as agulhas antes da vacinação. Esse processo de limpeza é fundamental para ajudar a reduzir a quantidade de micro-organismos que podem ser inoculados com a vacina. Medidas simples como só adquirir o medicamento em estabelecimentos credenciados pelo órgão de defesa sanitária, cuidados com a conservação, transporte e armazenamento da vacina são pontos positivos para a prevenção de possíveis contaminações.

Quanto às agulhas de aplicação, o produtor deve se certificar de que elas são adequadas para tal uso, além disso é importante que elas sejam trocadas, pelo menos, a cada dez aplicações. A grossura dela também deve receber atenção especial, uma vez que elas não podem ser nem muito grossas nem muito finas. No primeiro caso, elas podem causar o refluxo do líquido de dentro do animal e no segundo podem entortar, quebrar ou mesmo entupir.

Normalmente, as vacinas são aplicadas uma vez ao ano, dependendo do tipo de medicamento que o animal deve receber. Em alguns casos, é feita a primeira aplicação e depois de um intervalo de 20 a 30 dias é feita uma nova aplicação de reforço. Geralmente, as dosagens são padronizadas por laboratórios e giram em torno de 2ml e 5ml para bovinos, salvo algumas exceções.

Como muitas vezes o produtor adquire o medicamento e o leva para sua propriedade, ele deve saber que alguns cuidados são essenciais para garantir a eficiência do medicamento. Entre esses cuidados estão a preservação do material contra a radiação solar e a temperatura de conservação, que deve ser em torno de 2°C e 8°C.

Cuidados com a limpeza do material, como esterilização da agulha, também são de grande importância, pois evitam a contaminação do material por agentes que já estejam contaminados. Além disso, nos períodos de chuva contante, deve-se atentar para a grande incidência de bicheiras e para o desenvolvimento de carrapatos, que são muito prejudiciais aos animais.

Para mais informações, o CPT - Centro de Produções Técnicas elaborou o curso Prevenção e Controle de Doenças em Bovinos. Para Jackson Victor de Araújo, coordenador do curso, entre os fatores que interferem no desenvolvimento da pecuária bovina, as verminoses ocupam grande destaque por causarem retardamento no desenvolvimento dos animais, morte e gastos excessivos com manejo. Leia também nosso artigo Como prevenir e controlar doenças em bovinos.

Beatriz Lazia 11-05-2012 Pecuária de Corte

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