Ainda pouco conhecida na pecuária, a videocirurgia para castração de mulas é uma técnica levemente invasiva, que utiliza instrumentais próprios e câmeras de alta definição. O procedimento apresenta algumas vantagens, como recuperação mais rápida do animal e redução dos custos do pecuarista. Por meio dela, são realizadas pequenas incisões, que reduzem o trauma nos tecidos e minimizam a dor no pós-operatório.
Recentemente, na Unesp de Botucatu (SP), o doutorando Fabio Henrique Bezerra Ximenes, sob orientação do professor Celso Antonio Rodrigues, realizou uma importante pesquisa a respeito da técnica de videocirurgia em mulas para a remoção dos ovários. Segundo ele, o objetivo é reduzir as mudanças comportamentais nas mulas, na época do cio, em prol de viabilizar o uso desses animais para trabalho ou lazer.
Hoje, no Brasil, a castração é realizada por meio da laparotomia, procedimento bastante invasivo. Nela é realizado um corte na cavidade abdominal da mula, o que prolonga o processo de recuperação do animal e aumenta os custos do pecuarista. Por esse motivo, Ximenes decidiu fazer sua tese de doutorado embasado na ovariectomia com videocirurgia e seus efeitos no comportamento animal.
No estudo, dez mulas foram submetidas à videocirurgia para a remoção dos ovários. Após o procedimento, os animais foram continuamente monitorados para a identificação de seus comportamentos reprodutivos. "A primeira videocirurgia durou seis horas e a décima, uma hora e meia - de fato, um grande desafio", completa Ximenes. O pesquisador acredita que a recuperação pós-ovariectomia ocorra em um mês.
Fonte: Revista Globo Rural.
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