Saiba como fazer a reprodução de cavalos por meio de inseminação artificial

O sêmen ejaculado deve ser mantido próximo à temperatura corpórea (37ºC a 39°C) e protegido da luz durante o transporte ao laboratório

 

A preservação do sêmen tem início com o processo de coleta, levando-se em conta que os espermatozoides demonstram extrema sensibilidade a inúmeros fatores do meio ambiente, como a luminosidade, a temperatura, traumas no manuseio, e uma variedade de produtos químicos.

A coleta deve ser feita por meio de uma vagina artificial, de um material que não seja tóxico para os animais e os componentes reutilizáveis devem ser lavados com sabão ou detergentes neutros. Além disso, a camada de borracha da vagina artificial deve ser desinfetada. Para que seja prevenido o choque térmico nas células espermáticas, o frasco para coleta do material ejaculado deve estar numa temperatura próxima a 37°C.

A coleta deve seguir uma sequência:

- Nunca se deve coletar sêmen para exame de cavalo inativo (ou seja, que não ejacula há muito tempo)  para evitar interpretações errôneas; - Uma égua no cio deve estar contida para evitar que machuque o garanhão; - A vagina artificial deve ser completada com aproximadamente dois litros de água, a 60°C para estar com 45°C no momento da utilização; - Após a ejaculação, o operador deve abrir a válvula para deixar sair a água e com isso diminuir a pressão, facilitando a retirada do pênis.

Em seguida, o sêmen ejaculado deve ser mantido próximo à temperatura corpórea (37ºC a 39°C) e protegido da luz durante o transporte ao laboratório, onde passará por um processamento. É de extrema importância que o sêmen seja diluído dentro de poucos minutos após a coleta, pois o diluente contém ingredientes que conferem proteção e nutrição às células espermáticas.

O armazenamento do sêmen implica no seu congelamento em temperaturas abaixo de 0°C em nitrogênio líquido (-196°C). Essa técnica tem o potencial de introduzir uma nova dimensão à indústria Equina, permitindo a perpetuação do sêmen de garanhões superiores e sua utilização em qualquer parte do mundo, reduzindo, dessa forma, os custos de transporte e manutenção das éguas, bem como a transmissão e manutenção de doenças contagiosas.

O meio mais utilizado para o congelamento do sêmen é o nitrogênio líquido. Quando embalado, aquele deve ser colocado horizontalmente e em vapor estático de nitrogênio, em nível superior ao líquido. Existe uma marcada variação entre garanhões, relativamente à capacidade de congelamento do sêmen. Esta  média de prenhez oscila entre 20% e 40% com ponto ótimo em 70%.

Para informar-se ainda mais sobre o tema, consulte nosso artigo Técnicas de reprodução equina. Para um aprofundamento profissional, o CPT - Centro de Produções Técnicas elaborou o curso Reprodução de Cavalos. O curso é coordenado pelo professor Orlando Marcelo Vendramini e aborda assuntos como anatomia e fisiologia do garanhão, anatomia do aparelho genital da égua, detecção do cio, inseminação artificial, entre outros.

Beatriz Lazia 17-02-2012 Cavalos

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