Alimentação de peixes: características e importância do alimento

Os piscicultores devem saber que, em relação à alimentação de peixes, existem dois tipos de alimentos: os naturais e os artificiais

A alimentação de peixes é o principal fator de custo em uma produção

alimentação de peixes

Os piscicultores devem saber que, em relação à alimentação de peixes, existem dois tipos de alimentos: os naturais e os artificiais. Os alimentos naturais são aqueles produzidos no próprio viveiro, que são consumidos pelos peixes. Alguns exemplos desses alimentos são o fitoplâncton (algas), zooplâncton (microrganismos animais) e matéria orgânica morta. Já os alimentos artificiais são as rações balanceadas para peixes ou similares, extrusadas, peletizadas ou em pó e todos os subprodutos agropecuários locais que o piscicultor possa oferecer aos peixes, a exemplo de raízes, grãos e farelos, verduras e frutas.

No aspecto econômico, devido ao alto custo da alimentação dos peixes, existe uma pressão considerável para a redução dos excessos nas formulações, principalmente dos nutrientes de preço mais elevado. O desenvolvimento de rações de alto valor nutricional e ambientalmente corretas, que garantam uma economia na criação, depende do aprofundamento dos conhecimentos do criador sobre as espécies criadas, principalmente em relação ao manejo alimentar e exigências nutricionais.

Quanto à qualidade das rações, temos que, os peixes, por serem organismos aquáticos, precisam que as rações sejam processadas para reduzirem as perdas de nutrientes por lixiviação. Portanto, em uma criação de peixe intensiva, a produção de ração na propriedade rural torna-se prática e economicamente inviável, pela dificuldade de aquisição de matéria-prima e de maquinário para tal processamento.

Vale lembrar que as produções de peixes, proclamadas pelas indústrias de rações e desejadas pelos criadores, dependem diretamente da qualidade da ração. Entretanto, a confecção de uma ração, com a qualidade recomendada, resulta em produto de alto custo, o qual pode elevar demasiadamente o preço final dos peixes e que podem, por vezes, não agradarem aos consumidores. No sentido de minimizar os custos, buscam-se opções técnicas, que viabilizem a utilização de fontes proteicas sucedâneas às mais onerosas, mesmo existindo algumas restrições nutritivas.

Quanto ao arraçoamento, que é o número diário de alimentações, a frequência necessária para o bom desenvolvimento do peixe varia, principalmente conforme a espécie, idade, qualidade da água e temperatura. Espécies carnívoras, por exemplo, podem ter menor frequência de arraçoamento em relação às onívoras e, conforme aumenta a idade do peixe, a maior frequência de arraçoamento não traz benefícios significativos ao seu crescimento.

Considerando que a taxa de arraçoamento influencia diretamente o crescimento e a eficiência alimentar de uma espécie de peixe, os estudos das necessidades nutricionais destes devem ser conduzidos na melhor taxa de arraçoamento possível, a fim de evitar o mascaramento das necessidades dos nutrientes.

Quanto à utilização de subprodutos na alimentação, o piscicultor deve observar a quantidade ofertada e a quantidade consumida, de modo que não haja excesso de alimento artificial no viveiro de um dia para o outro, pois esse acúmulo desnecessário de matéria orgânica traz mais desvantagens do que vantagens ao criador. Sendo assim, temos que a forma de preparo dos alimentos e a sua distribuição são fatores importantes e a adequada frequência de arraçoamento pode levar à menor variação no tamanho entre os peixes, o que facilita o manejo e a comercialização.

Para maiores informações, consulte o curso Nutrição e Alimentação de Peixes, elaborado pelo CPT - Centro de Produções Técnicas. O curso aborda questões referentes aos peixes em geral, sistemas de criação, nutrição, características do alimento, alimentação, entre outras. Leia também nosso outro artigo Aprenda sobre o manejo alimentar de peixes.




Beatriz Lazia 31-01-2013

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Comentários

Efraim de Souza Costa

18-06-2020

Boa noite.Como faço obter a formulação de ingrediente para chegar na Proteína bruta certa pra peixes. Desde já agradeço.

Resposta do Portal Agropecuário

19-06-2020

Olá,Efraim

Como vai?

Agradecemos sua visita ao nosso site!

Nesse caso, é importante que você procure em sua cidade um especialista na área, para que o mesmo possa orientá-lo de forma mais eficiente.

Atenciosamente,

Erika Lopes