Aprenda sobre o manejo alimentar de peixes

Em sistemas semi-intensivos e intensivos, o alimento suplementar é fundamental para a engorda dos animais

 

Primeiramente, é importante que o criador de peixes saiba que o manejo alimentar irá depender do tamanho dos peixes, da dimensão dos tanques ou viveiros, do sistema de manejo da criação, do tipo de criação (intensiva ou semi-intensiva), do comportamento alimentar da espécie cultivada e da temperatura da água.

Em sistemas semi-intensivos e intensivos, o fornecimento do alimento suplementar é fundamental para que a engorda dos animais aconteça. Essa alimentação pode ser feita com ração balanceada ou subprodutos agrícolas. No caso destes, pode-se utilizar restos de alimentos, como frutas e verduras, desde que não estejam em estado de fermentação.

No estágio de pós-larvas até alevinos, o alimento deve ser fornecido pelo menos quatro vezes ao dia. A ração deve ser balanceada e até mesmo pulverizada, dependendo do tamanho da boca das pós-larvas, que nesta fase podem ingerir até mais de 10% do seu peso vivo diariamente.

À medida que os peixes vão crescendo, os teores de proteína e a quantidade de ração devem ser reduzidos em função do peso vivo dos peixes e também da temperatura da água do viveiro. Com a queda da temperatura ambiente, o metabolismo dos peixes também diminui, reduzindo o apetite.

A alimentação deve ser fornecida manualmente até que o criador adquira prática. Nesse processo, é possível ao criador observar o comportamento dos peixes quando estão sendo alimentados. Depois de adquirida essa prática, deve-se fazer o acompanhamento com frequentes biometrias, medindo e pesando, no mínimo, de 50 a 100 exemplares de cada viveiro.

Caso seja realizado um manejo alimentar inadequado nos viveiros, tanques-redes ou outros sistemas de produção de peixes, pode ocorrer um grande acúmulo de fósforo. Este se deposita no fundo e aumenta a atividade bacteriana nos sedimentos, resultando em gases tóxicos para os peixes.

Quanto à questão nutricional, é de extrema importância que os criadores considerem que o resto da ração não consumida, somada aos dejetos dos peixes cultivados, são responsáveis por causar uma série de alterações na qualidade da água, no equilíbrio ecológico dos reservatórios e também na área de influência do cultivo.

Para mais orientações, o CPT - Centro de Produções Técnicas elaborou o curso Nutrição e Alimentação de Peixes. Nesse curso, os criadores de peixe recebem informações a respeito dos sistemas de criação, nutrição, custo da alimentação e características do alimento. Leia também o artigo Veja como nutrir e alimentar peixes.



Beatriz Lazia 20-04-2012

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