Saiba como produzir suíno light

O suíno moderno apresenta de 55% a 62% de carne magra na carcaça, e 1,5 cm a menos  de espessura de toucinho

 

A população brasileira considera que o ponto forte da carne suína é o sabor e o ponto fraco é o mal que ela traz à saúde, é vista como perigosa porque possui muita gordura e colesterol. A população mal informada a respeito dos avanços obtidos na suinocultura moderna desconhece todos os esforços das lideranças representativas dessa atividade, os quais deveriam ser concentrados no sentido de levar a verdade ao conhecimento público.

Os suínos começaram a apresentar menores teores de gorduras na sua carcaça e a desenvolver massas musculares proeminentes, especialmente nas suas carnes nobres, como o lombo e o pernil. No início dessa seleção, o suíno apresentava de 40% a 45% de carne magra, e espessuras de toucinho de 5,0 cm a 6,0 cm. Atualmente, graças aos programas de genética e nutrição, o suíno moderno apresenta de 55% a 62% de carne magra na carcaça, e 1,5 cm a menos  de espessura de toucinho.

Criado em granjas, o porco brasileiro está magro e saudável como nunca. Os suínos brasileiros passaram por um regime. Perderam 31% de gordura na carne e no toucinho, 14% de calorias e 10% de colesterol. Alguns cortes de carne de porco, dependendo do modo como são servidos, já são mais leves que certos preparos de boi, frango ou peixe. O porco "em forma" é resultado de uma revolução nas pocilgas. Primeiro, esses animais passaram a ser alimentados com rações balanceadas, em vez de milho, trigo e lavagem.

Quanto à criação, nada impede que o suíno light também seja criado pelo sistema de camas sobrepostas, que consiste na colocação do rebanho em camas muito semelhantes às da avicultura, usando produtos como maravalha, serragem, palha ou qualquer outro tipo de cama. O controle da temperatura também é de fundamental importância no sucesso da criação do suíno light, que é um animal muito sensível.

Na produção de suínos, a biosseguridade significa o desenvolvimento e a implementação de normas rígidas que terão a função de proteger o rebanho contra a introdução de qualquer tipo de agente infeccioso, sejam eles vírus, bactérias, fungos ou parasitas. A ocorrência de doenças em rebanhos de suínos diminui a lucratividade da operação por causar das despesas adicionais e por reduzir a performance dos animais de reprodução e de engorda, fazendo aumentar os custos por animal produzido.

O CPT - Centro de Produções Técnicas elaborou o Curso Produção de Suíno Light - Mais Carne, Menos Gordura. Nele, o coordenador Luiz Mário Fedalto orienta a respeito das instalações, da reposição de matrizes, da reposição de machos, da alimentação, do manejo, entre outros temas.

Beatriz Lazia 17-01-2012 Suinocultura

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