Fruticultores pernambucanos sofrem com a mosca-das-frutas

Fruticultores pernambucanos sofrem com a mosca-das-frutas. Quando acomete as frutíferas, a mosca-das-frutas ataca os frutos maduros, em especial a polpa, onde coloca seus ovos.

A maior ocorrência do ataque da mosca-das-frutas está na cidade de Petrolina, onde os agricultores lutam, há anos, contra essa terrível praga

Fruticultores pernambucanos sofrem com a mosca-das-frutas

Fruticultores pernambucanos, do Vale do Rio São Francisco, sofrem com a mosca-das-frutas (Ceratitis capitata). A que tem atacado o Vale é também conhecida como mosca-do-mediterrâneo. Esta possui tórax negro, com manchas brancas, e suas asas apresentam pontos negros na metade. No Brasil, a Ceratis pode atacar mais de 50 espécies de frutíferas. Portanto, o controle deve ser imediato para que o produtor de frutas não tenha maiores prejuízos.

A mosca-das-frutas deposita os ovos na parte de baixo da casca

Atualmente, a maior ocorrência do ataque da mosca-das-frutas está na cidade de Petrolina, onde os produtores de manga lutam, há anos, contra essa terrível praga. Quando acomete as frutíferas, a mosca ataca os frutos maduros, em especial a polpa, onde coloca seus ovos. Estes se transformam em larvas, que comem a polpa e torna o fruto impróprio para a comercialização.

Com o ataque da Ceratis, a exportação é prejudicada

Um dos principais problemas é quanto à exportação dos frutos, que pode ser seriamente afetada. Na região do Vale do São Francisco a produção de frutas por ano ultrapassa 1 milhão de toneladas - do total, 30% é exportada. Entretanto, com o ataque da mosca, a maior parte dos países estrangeiros deixam de exportar os frutos produzidos em Pernambuco (Vale). Isso acontece devido ao alto índice de infestação. Este é mensurado pelo volume encontrado nas armadilhas para captura da praga.

O índice permitido de infestação da praga é um

Para exportar frutos aos norte-americanos, por exemplo, o índice permitido é um. Mas a situação dos agricultores do vale não é nada boa, pois apenas em fevereiro o índice médio calculado para as frutíferas da região ultrapassou a casa dos dez. Segundo a Adrago - Agência de Defesa e Fiscalização Agropecuária do Estado, responsável pela fiscalização da região, este é um número alarmante.

A Adrago monitora 13 mil hectares de frutíferas do Vale

A Adrago monitora 13 mil hectares, onde mais de mil armadilhas foram instaladas. O objetivo é acompanhar as plantações da região e fazer com que os fruticultores tomem, o quanto antes, as medidas de controle para que a mosca-das-frutas não se espalhe em outras áreas. Foram distribuídos aos fruticultores iscas e insumos para monitoramento de frutíferas, como acerola, uva, goiaba e manga. Quem se recusar a fazer o controle pode levar uma multa de até R$ 5 mil.

Alguns fruticultores colocam iscas tóxicas nas armadilhas

Para o controle, devem ser coletados e ensacados os frutos caídos. Em seguida, estes devem ser enterrados a 30 cm de profundidade no mínimo. Onde o índice de infestação é grande, torna-se necessária a aplicação de inseticida junto à proteína hidrolisada (a 5%) ou melaço (a 10%). A pulverização deve ser realizada no terço superior da copa das frutíferas. Alguns fruticultores colocam iscas tóxicas nas armadilhas.

Fontes: Globo Rural e Fundecitrus.

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Andréa Oliveira 20-04-2017

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