Estação de monta em cordeiros: aprenda as três maneiras de se fazer

Existem três maneiras de ser fazer uma estação de monta em cordeiros

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Existem três maneiras de ser fazer uma estação de monta em cordeiros, são elas: monta natural; monta controlada; e inseminação artificial. Abordaremos, ao longo do texto, a respeito dessas formas e quais são os seus princípios fundamentais.

Monta natural

A monta natural é o método mais simples e pode ser realizada de forma livre onde os reprodutores são introduzidos junto às fêmeas. Estas são deixadas constantemente com os machos, ocorrendo coberturas sem qualquer controle por parte do criador, em um período variável de 42 até, no máximo, 60 dias. Quando o carneiro é solto entre as ovelhas, o criador deve observar se ele está fazendo a cobertura e esperar o término da estação de monta.

Caso o criador opte pelo uso da monta natural, a escolha dos reprodutores é de fundamental importância e uma atenção especial deve ser dada ao macho, principalmente no que diz respeito aos sistemas locomotor e reprodutor, bem como à nutrição, devendo ser seguida uma relação de um macho para cada 50 fêmeas.

Esse tipo de manejo reprodutivo, por ser muito rudimentar, não permite que as demais atividades da criação possam ser planejadas ou pré-definidas, prejudicando o desenvolvimento do rebanho. No entanto, no sistema de produção, a manutenção de índices satisfatórios de nascimento é um ponto inicial da cadeia de eventos, resultando em lucros para o criador.

Monta controlada

Nesse sistema de acasalamento, é necessária a detecção do cio por meio da utilização de "rufiões", sendo cobertas as fêmeas identificadas. Nesse tipo de procedimento, como o próprio nome já sugere, há o controle por parte do criador. Os carneiros são mantidos em piquetes, para onde as fêmeas receptivas são levadas até a presença do macho, para a prática da cobertura.

A maior vantagem em não levar o carneiro para o campo é que sua capacidade de cobertura sobe de 50 para mais de 100 ovelhas. Isso propicia maior aproveitamento de um carneiro de melhor qualidade. Além de ficar mais fácil saber quais ovelhas não estão entrando em cio e quais estão repetindo o cio, também é possível uma previsão mais precisa dos nascimentos.

Inseminação artificial

A inseminação artificial é a mais sofisticada forma de manejo reprodutivo. Este método se justifica para rebanhos com mais de 500 matrizes, ou que tenham carneiros de altíssimo valor genético. Mais uma vez, deve-se usar os "rufiões" e as marcas coloridas de diferentes cores para identificar as ovelhas em cio e reconhecer aquelas que estão com problemas.

Além da necessidade de preservação, seleção e disseminação de características genéticas desejáveis, este método permite ampliar ainda mais o número de coberturas em uma única estação. Durante uma temporada de reprodução, um macho utilizado em monta natural produz em média 50 filhotes. Com a utilização da inseminação artificial com sêmen recém-colhido, esse número pode facilmente ser multiplicado por 10, obtendo-se até 500 filhotes de um único reprodutor.

Além dessas informações, o curso Técnicas para Produzir mais Cordeiros, elaborado pelo CPT - Centro de Produções Técnicas, aborda outras questões para auxiliar os criadores de cordeiros, que desejam aumentar a rentabilidade de sua criação. O curso tem como coordenador o Doutor Edson Ramos de Siqueira, que aborda temas como manejo reprodutivo, estação de monta, manejo por categoria animal, gestação e parição, cuidados com os cordeiros, entre outros. Leia também nosso outro artigo Manejo correto das cabras para produção de leite.

Beatriz Lazia 22-01-2013 Ovinos E Caprinos

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