Cultivo orgânico da abóbora

A abóbora pertence à família das Cucurbitáceas, assim como a abobrinha e o pepino

Tradicionalmente, a abóbora pode ser plantada, diretamente nas covas, ou por meio de mudas formadas em sementeiras

  abóbora

A abóbora pertence à família das Cucurbitáceas, assim como a abobrinha e o pepino. Um dos pontos importantes da biologia da abóbora é que as flores são monoicas, ou seja, cada flor tem apenas um sexo. As flores femininas têm o ovário bem destacado, com formato parecido com o do fruto. As flores masculinas fornecem o pólen para a fecundação. O fruto só se desenvolve a partir de flores femininas, que foram fecundadas por meio da polinização.

Entre as variedades de cultivares existentes no mercado, destacam-se: Menina brasileira, Jacarezinho, Baianinha, Híbrido Tetsukabuto, Moranga exposição, entre outras. A cultivar mais vendida é o híbrido Tetsukabuto, obtido pelo cruzamento de duas linhagens selecionadas de abóbora e moranga. Esse híbrido produz poucas flores masculinas, por isso deve ser cultivado com uma cultivar polinizadora, o que aumenta a produção de frutos.

A aboboreira é uma planta típica de clima quente, tolera temperaturas amenas, mas não suporta temperaturas abaixo de 10 graus. A faixa térmica ideal está entre 18 e 24 graus; temperaturas mais altas também são bem toleradas. Por outro lado, o frio excessivo prejudica a época de plantio em regiões de altitude superior a 800 metros (vai de agosto a fevereiro) e em locais com altitude inferior a 400 metros, com invernos suaves, a abóbora pode ser cultivada o ano todo.

Tradicionalmente, a abóbora pode ser plantada, diretamente nas covas, ou por meio de mudas formadas em sementeiras. Entretanto, para sistemas orgânicos de produção, onde o convívio com a vegetação nativa é uma constante, torna-se mais recomendável adotar o método de plantio por mudas para um crescimento inicial mais rápido da cultura. Para a obtenção das mudas, o semeio deve ser realizado em copos plásticos ou sacolas plásticas, que possuam capacidade de comportar, pelo menos, 200 cm³ de volume de substrato.

Quanto ao preparo do solo e à adubação orgânica, dependendo das condições do terreno, deve-se decidir sobre a necessidade de preparo mecânico do solo por meio de aração e gradagem. Em áreas com pouca vegetação nativa, pode-se proceder a limpeza da área e a abertura de covas diretamente. Em solos com um nível médio a alto de ervas nativas, efetua-se uma aração com, no mínimo, uma semana de antecedência ao plantio.

O manejo da cultura deve conter atividades como irrigação, desbastes, capinas, adubação em cobertura e nutrição de plantas. Deve ser realizado também o manejo e controle de pragas e doenças. No entanto, pelo equilíbrio obtido em cultivo orgânico, o nível de incidência de doenças tem sido insignificantes, não proporcionando danos econômicos aos produtores e não justificando empregar métodos alternativos de controle.

A colheita da abóbora deve ser realizada quando os frutos apresentam sinais característicos de amadurecimento, o que se verifica por coloração, firmeza e textura de casca. Em média, inicia-se a colheita aos 60 a 90 dias após o transplantio das mudas no campo definitivo. O padrão de mercado da abóbora Tetsukabuto, por exemplo, é peso unitário, variando de 2 a 2,5 quilos, e diâmetro de 18 a 20 cm.

Para maiores informações, consulte o curso Cultivo Orgânico de Tomate, Pimentão, Abóbora e Pepino, elaborado pelo CPT - Centro de Produções Técnicas. O curso conta com a coordenação do pesquisador Jacimar Luis de Souza. No curso, é possível obter orientações a respeito de como fazer o cultivo orgânico, bases e princípios da agricultura orgânica, planejamento geral do sistema, comercialização, entre outros. Leia também nosso outro artigo a respeito Cultivo orgânico de pepino.

Beatriz Lazia 21-11-2012 Agricultura Orgânica

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