“No Brasil, o capim braquiária é amplamente cultivado graças às nossas condições climáticas favoráveis. Além disso, ele é o mais utilizado como pastagem nas mais diversas regiões do país, por ser um dos mais produtivos e proporcionar excelentes resultados à pecuária nacional”, ressalta Francisco Cláudio Lopes de Freitas, Doutor em Fitotecnia e professor do Curso CPT Formação de Pastagens com Braquiária em Consórcio com Milho.
No caso da forrageira africana Brachiaria brizantha, suas cultivares mais comuns por aqui são a Marandu, a Piatã e a Xaraés. Vejamos a seguir cada uma delas com mais detalhes.
Cultivar Marandu
A cultivar Marandu ou braquiarão é proveniente do Zimbábue (África). Trata-se de uma forrageira, que forma perfilhos eretos conforme a touceira cresce. Com excelente adaptação ao clima tropical do Brasil, a Marandu pode chegar a 1,5 metro de altura, com 50% de folhas em sua biomassa.
Até mesmo quando é plantado em solos com fertilidade mediana, o capim Marandu é capaz de produzir 20 toneladas por hectare. Além disso, ele apresenta alto teor de proteína e boa digestibilidade, o que é benéfico não apenas ao organismo dos bovinos como também dos caprinos e ovinos.
Ao contrário da Brachiaria decumbens, a Brachiaria brizantha Marandu não causa problemas de fotossensibilidade aos rebanhos. Para pastejo contínuo, ela pode chegar a 20 centímetros de altura enquanto para pastejo rotacionado, pode alcançar até 25 centímetros (entrada) e 18 centímetros (saída). Sem falar da sua resistência à cigarrinha-das-pastagens.
Cultivar Piatã
A cultivar Piatã é proveniente da Etiópia (África), com folhas que ultrapassam 50% em sua biomassa. Seu porte é mais baixo (1 metro no máximo) quando comparada às outras cultivares de Brachiaria brizantha. Mesmo assim, sua capacidade de produção é elevada (20 toneladas por hectare). Além de tolerar solos com problemas de drenagem, a Piatã resiste muito bem à cigarrinha-das-pastagens. No pastejo rotacionado, ele pode chegar a 35 centímetros de altura (entrada).
Cultivar Xaraés
A cultivar Xaraés é proveniente de Burundi (África), capaz de atingir 1,5 metro de altura em crescimento ereto. Assim como as outras cultivares de Brachiaria brizantha, ela apresenta alta porcentagem de folhas e excelente produtividade. O florescimento tardio permite que o pastejo se estenda ao longo do período de estiagem.
Diferentemente da Marandu e da Piatã, a Brachiaria brizantha Xaraés não é resistente à cigarrinha-das-pastagens. Para pastejo contínuo, ela pode chegar a 25 centímetros de altura enquanto para pastejo rotacionado, pode alcançar até 30 centímetros (entrada) e 20 centímetros (saída).
Conheça os Cursos CPT da Área Pastagens e Alimentação Animal:
Formação de Pastagens com Braquiária em Consórcio com Milho
Fonte: Blog Aegro
Por Andréa Oliveira
Basta preencher os campos abaixo para receber o material por e-mail: