“Quando acaba de parir, o comportamento natural da vaca é lamber o bezerro neonato para a retirada das membranas fetais e do muco do nariz e da boca. No processo, ela massageia o bezerro continuamente, o que é amplamente benéfico ao bovino recém-nascido. Tão importantes quanto esses primeiros cuidados instintivos, são aqueles ministrados pelo tratador do bezerro”, declara José Olavo Borges Mendes Júnior, Mestre em Ciências Animais e professor do Curso CPT Técnicas para Produzir mais Bezerros.
Importância do colostro
Além de ser um alimento nutritivo, o colostro imuniza o bezerro neonato para ganhar resistência contra várias doenças. Como essa imunidade não é passada via placenta, quando o animal está no útero da mãe, é importante que o bovino recém-nascido receba esse alimento vital nas primeiras horas após o nascimento.
Quando comparado ao leite de vaca comum, o colostro da primeira mamada é cinco vezes mais nutritivo, rico em vitaminas, minerais, proteínas e enzimas. Além disso, ele é um alimento antitóxico, laxativo e energético, indispensável à manutenção da boa saúde do bezerro. Sem falar que apresenta anticorpos, que fortalecem o sistema imunológico do animal.
Importância da cura do umbigo
Após a primeira mamada do bezerro neonato, é imprescindível proceder à cura do umbigo. A prática é essencial, pois uma porção umbilical permanece exposta e sem cicatrizar, o que pode levar a infecções. Por essa razão, o umbigo deve ser cortado, cerca de três dedos abaixo da inserção e, em seguida, desinfetado com tintura de iodo.
Durante três dias, deve-se passar tintura de iodo, uma vez ao dia, até a completa cicatrização do umbigo. Com isso, o bezerrinho está protegido de infeções e da proliferação de moscas na região umbilical. Caso a cicatrização demore, o procedimento deve ser repetido até que o umbigo esteja devidamente curado.
Importância da descorna
A descorna do bezerro é realizada aos 45 dias de vida, momento em que o animal está mais vigoroso. O procedimento é recomendado para todos os bovinos com chifres pontiagudos. O objetivo é impedir que uns machuquem os outros; caso contrário, os ferimentos por chifradas acidentais (ou não) podem comprometer o desempenho produtivo do bovídeo.
São duas as formas de realizar a descorna, a com bastão de soda cáustica e a com ferro quente. Em ambas, o bodoque, ou seja, primeira porção visível do chifre, é cauterizado. Ao fim da mocheação, no local cauterizado, aplica-se uma pomada repelente, com a finalidade de impedir o surgimento de bicheiras.
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Fonte: cpt.com.br
Por Andréa Oliveira.
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