Como prevenir infestações de cupins

Para que o agricultor possa se prevenir das infestações de cupins, três estratégias básicas podem ser utilizadas

Cupins são insetos que podem causar sérios danos às plantas cultivadas e às construções

cupins

Para que o agricultor possa se prevenir das infestações de cupins, três estratégias básicas podem ser utilizadas: escape no tempo, barreiras físicas e barreiras químicas. O escape no tempo consiste em plantar a cultura em questão fora da época de maior ataque de cupins. Por exemplo, para o caso do eucalipto, uma técnica que tem sido usada com sucesso, em algumas regiões, é o plantio em época chuvosa.  Neste caso, mesmo havendo ataques de cupins, as mudas de eucalipto conseguem se recuperar com maior facilidade do que se o plantio fosse feito durante a época seca.

Com a utilização de barreiras físicas, várias soluções são possíveis, dependendo da situação específica. Para mudas de eucalipto, por exemplo, a melhor estratégia consiste no plantio em tubetes, usando viveiros suspensos. Desta forma, dificulta-se o contato dos cupins com as mudas, evitando-se o ataque, sem que seja preciso o uso de inseticidas.

Sabe-se também que os cupins não conseguem construir canais em solos que apresentem grãos de tamanho intermediário. Sendo assim, recomenda-se construir trincheiras em volta das construções e preenchê-las com areia peneirada. O tamanho dos grãos dependerá da espécie de cupins a ser eliminada e, para isso, é importante consultar um especialista.

Opcionalmente, pode-se usar barreiras químicas, que consistem em se aplicar inseticidas em torno da construção ou peça a ser protegida. Uma variante disso é o tratamento de madeiras, que consiste na impregnação profunda de peças de madeira com substâncias altamente tóxicas.

No entanto, mesmo quando o agricultor adota estratégias de prevenção de infestações de cupins, é necessário ficar atento a possíveis ocorrências destas. Este monitoramento é específico para cada situação. No caso de construções e madeiras, deve-se verificar periodicamente a presença de indícios, tais como: acúmulo de excrementos granulados, acúmulo de asas por ocasião das revoadas, galerias e túneis.

No caso de culturas agrícolas, deve-se fazer amostragem do solo, especialmente por ocasião do plantio, e, no caso de culturas perenes, em intervalos regulares de tempo. A amostragem do solo pode ser feita, simplesmente, perfurando-se o solo com um único golpe de enxadão, próximo às raízes da planta, e verificando se há ou não a presença de cupins.

Para grandes áreas, uma boa opção seria o uso de iscas para evitar gastos excessivos com mão de obra. As iscas podem ser confeccionadas de papelão corrugado, ou mesmo de rolos de papel higiênico. Dispõe-se as iscas sobre o solo na área a ser amostrada e, após uma ou duas semanas, avalia-se a infestação pelo percentual de iscas atacadas.

Além da amostragem direta dos cupins, é importante, para as culturas agrícolas, verificar os sintomas de ataque destes insetos às plantas. Pois eles se alimentam, basicamente, de celulose e o fazem construindo canais subterrâneos até a fonte de alimento. Assim, é de se esperar que o local mais provável do ataque de cupins seja na região das raízes das plantas.

Os cupins podem atacar o sistema radicular, comprometendo a capacidade da planta de absorver água e nutrientes. Assim, um sintoma típico de ataque de cupins é o amarelecimento e murchamento da planta. O problema é que este sintoma pode ser facilmente confundido com deficiência hídrica.

Para maiores informações, consulte o curso Controle de Cupins em Áreas Agrícolas, Pastagens e Construções Rurais, elaborado pelo CPT - Centro de Produções Técnicas. O curso conta com a coordenação do Professor Og de Souza, que aborda temas como caracterização dos cupins, prevenção das infestações, monitoramento, controle, entre outros. Leia também nosso outro artigo Controle de cupins.

Beatriz Lazia 10-12-2012 Agricultura

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