Crisântemo: dicas a respeito do cultivo

Com uma produção o ano inteiro e profusão de cores e variedades, o crisântemo vem ampliando sua participação no mercado nos últimos anos

O crisântemo destaca-se, atualmente, em nível mundial entre as espécies ornamentais de maior importância econômica e mais popular

  crisantemo

Com uma produção o ano inteiro e profusão de cores e variedades, o crisântemo vem ampliando sua participação no mercado nos últimos anos. Ele perdeu a imagem de produção típica de funerais e conquistou o consumidor pelo preço e durabilidade. Desde sua chegada ao Ocidente, há pouco mais de 100 anos, passou por vários processos de hibridação, atingindo uma enorme gama de formas, cores e tamanhos das inflorescências. Por esta razão, o crisântemo, atualmente, é multiplicado vegetativamente e não por sementes.

Algumas pessoas não sabem, mas o que chamamos de flor no crisântemo na verdade é uma inflorescência, ou seja, é um conjunto de flores concentradas em uma só base; cada elemento presente nesta base é uma flor, que possui estame, estigma, estilete e ovário.

O crisântemo pode ser cultivado ao ar livre, no entanto, em plantios comerciais, o cultivo é feito em estufas, permitindo um controle ambiental. As estufas podem ser de madeira ou de metal e existem vários modelos: modelo capela, modelo arco, modelo bella união e modelo londrina. Nos plantios comerciais é usado normalmente o modelo arco, por ser o modelo mais evoluído em termos de materiais usados (metal) e de facilidade de fixação do plástico na cobertura.

Essa planta apresenta crescimento regular e produz flores de excelente qualidade em locais onde a temperatura varia em torno de 18 a 25°C. Para uma boa produção, a irrigação deve manter sempre o canteiro e a estufa com um bom teor de umidade. Entretanto, deve-se evitar o excesso de umidade, eliminando, assim, algumas doenças do solo.

Por falar em solo, o ideal para o cultivo do crisântemo deve ser poroso, densidade entre 0,6 e 0,7, rico em matéria orgânica, boa drenagem e o pH deve estar entre 5,5 e 7,0. A adubação, quanto mais parcelada, mais eficiente e, por isso, é muito usado o sistema de fertilização onde os nutrientes são solubilizados em água de irrigação e aplicados todos os dias no plantio.

Quanto à colheita, as inflorescências devem ser colhidas antes que desapareça totalmente a cor esverdeada do centro, portanto, antes que abram as flores do centro. Para casos de produção comercial, quando o mercado consumidor é próximo, podem ser colhidas inflorescências mais abertas. O floricultor pode considerar como ponto de colheita quando as inflorescências estiverem 70% abertas, se forem colher cachos, quando 70% das inflorescências do cacho estiverem abertas.

Na época da colheita, são colhidas plantas inteiras, ou então cortadas as hastes das inflorescências rentes ao solo. Feito isso, o material coletado deverá ser levado para a mesa de padronização, onde será uniformizado o comprimento das hastes floríferas, que, em seguida, devem ser colocadas em baldes com água e transportadas para local fresco.

Após a colheita, todo o material vegetativo (restos culturais) deverá ser retirado da área de produção. Os canteiros serão, então, preparados para o próximo plantio. Esta é uma prática que ajuda muito no controle de proliferação de pragas e doenças. As inflorescências colhidas, que não vão ser comercializadas imediatamente, podem ser armazenadas até seis semanas, a seco, em ambiente fechado, à temperatura de 1 a 3°C.

Para a embalagem, recomenda-se fazer feixes de dúzia, amarradas, protegendo as inflorescências com papel. Em caixinhas revestidas com plástico, fixar bem os feixes para evitar esmagar as flores. Após o armazenamento, as inflorescências devem ter a base das hastes cortadas e colocadas em água para recuperarem rapidamente a turgescência.

Quanto à comercialização, esta depende da região. Existem sistemas de comércio próprios, em regiões de grande produção, como é o caso de Holambra (SP), onde existe um pregão diário; além disso, a comercialização também pode ser feita para os CEASAS e floriculturas da região.

Para maiores informações, consulte o curso Como Produzir Crisântemos, elaborado pelo CPT - Centro de Produções Técnicas e coordenado pela Professora Ângela Cristina Stringheta. O curso aborda questões como características da espécie, instalações, clima e solo, irrigação e adubação, doenças e insetos, comercialização, entre outras. Leia também nosso outro artigo Orquídeas: aprenda a fazer o cultivo.

Beatriz Lazia 18-02-2013 Floricultura

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