Orquídeas: aprenda a fazer o cultivo

As orquídeas podem ser encontradas em quase todo o mundo, constituindo uma família de plantas superiores, conhecidas como angiospérmicas

O cultivo de orquídeas é uma atividade rentável, propícia para pequenas áreas, utilizando sistema simples e pouco investimento

orquídeas

As orquídeas podem ser encontradas em quase todo o mundo, constituindo uma família de plantas superiores, conhecidas como angiospérmicas. Atualmente, mais de 35.000 espécies de orquídeas já foram descritas e mais de 60.000 híbridos já foram produzidos por cruzamentos de formas espontâneas e cultivadas. Existem orquídeas das mais diferentes formas e tamanhos, podendo ser encontradas plantas que chegam a 4 metros de altura, como podem, também, ser encontradas plantas com flores do tamanho da cabeça de um alfinete, conhecidas como micro-orquídeas.

Quanto ao cultivo dessa flor, é impossível estabelecer uma regra única e uniforme para o cultivo de todas as orquídeas, pois elas nascem em qualquer canto e em qualquer temperatura. Entretanto, dividem-se em quatro grupos: as epífitas, as rupícolas, as terrestres e as saprófitas. As epífitas são as plantas que se desenvolvem sobre árvores e por isso muitos acreditam que elas são parasitas, o que não é verdade, já que as orquídeas são capazes de produzir o alimento que necessitam. As rupícolas são plantas que vivem sobre pedras. As terrestres crescem sobre o solo, onde fixam suas raízes e obtêm os nutrientes necessários ao seu desenvolvimento. As saprófitas são muito raras; elas não possuem clorofila e se alimentam de restos de animais ou vegetais em decomposição.

Em uma flor típica de orquídea há sempre três sépalas: a sépala dorsal e as duas sépalas laterais. São elas que envolvem e protegem a flor em botão. Enquanto que na maior parte das flores elas são verdes, nas orquídeas, as sépalas se apresentam nas mais diversas cores, tão coloridas quanto as pétalas. Nessa planta, pode-se encontrar também 3 pétalas, sendo que uma delas é bem diferente das outras duas, quase sempre maiores e mais vistosas. Esta pétala modificada recebe o nome de labelo, de onde sai o perfume destinado a atrair os insetos polinizadores.

As orquídeas são plantas que exigem locais para o plantio com ventilação e bem iluminados, contudo, protegidos da luz direta do sol. Para florescerem, elas necessitam de luz o dia todo; locais sombrios, de pouca ventilação e pouca luminosidade provocam o enfraquecimento, a perda da cor e o vigor da planta, além de propiciar maior incidência de doenças. Portanto, deve-se, de um modo geral, dar às plantas, cerca de um terço da luz exterior.

Outro fator importante é a temperatura. Para o cultivo comercial de orquídeas, é necessário um local onde a temperatura varie entre 18 e 25 graus centígrados. Se a temperatura exceder essa faixa, haverá inibição do florescimento e afetará a qualidade das folhas e flores. Quanto à umidade relativa do ar, ela deve se manter entre 60 e 80% dentro da estufa.

Quanto às instalações para a produção de orquídeas, elas podem ser cultivadas ao ar livre, sob ripados ou em estufas. Os ripados são muito fáceis e baratos de serem construídos e quase sempre resolvem a questão do local para o cultivo. Esse tipo de instalação é indicado para as regiões de clima quente. Para as regiões frias, a estufa é a mais indicada, pois tem como função básica criar um ambiente mais propício ao cultivo dessa planta.

O retorno financeiro para os floricultores que investem em orquídeas é muito bom, apesar de algumas vezes demandar  altos custos de produção, mas é uma atividade propícia para pequenas áreas. As pequenas, médias e grandes empresas do setor têm ajudado a garantir os empregos de milhares de pessoas, transformando-se em uma atividade rentável para o empresário e benéfica para a sociedade.

Para maiores informações, consulte o curso Cultivo de Orquídeas para Fins Comerciais ou Hobby, elaborado pelo CPT - Centro de Produções Técnicas e coordenado pelo Professor Waldyr Fochi Endsfeldz. O curso aborda questões como aspectos botânicos, clima e substrato, fotossíntese e fotoperiodismo, instalação e equipamentos, polinização e hibridação, entre outras. Leia também nosso outro artigo Violetas: aprenda a produzir.

Beatriz Lazia 15-02-2013 Floricultura

Deixe um Comentário

Comentários

Não há comentários para esta matéria.