Produção de tomate em estufa

Quando se pensa em tomate, deve-se fazer uma distinção entre o tomate de mesa e o tomate utilizado como matéria prima pela indústria

A produção de tomate em estufa proporciona frutos de melhor qualidade e maior retorno financeiro

  tomate em estufa

Quando se pensa em tomate, deve-se fazer uma distinção entre o tomate de mesa e o tomate utilizado como matéria prima pela indústria. Da produção brasileira, 68% se destinam ao mercado de tomate de mesa e 32% são utilizados como matéria  prima pela indústria. O tomate é hoje o nono produto da agricultura brasileira, chegando o valor de sua produção anual em 1,249 bilhões de dólares.

A produção de tomate em estufas é uma atividade nova no Brasil, porém vem se expandindo muito rapidamente. Devido ao manejo diferenciado, este modo de cultivo necessita de cultivares bem adaptadas e que proporcionem o máximo de rendimento possível de produtos de elevado padrão de qualidade.

A denominação estufa ou abrigo deve ser utilizada quando o objetivo é o aquecimento do ambiente, o que ocorre sob condições de inverno do Sul brasileiro para o cultivo de pepino, por exemplo. A utilização deste tipo de cultivo, em ambiente protegido, pode evitar alguns problemas, impedindo que as plantas fiquem suscetíveis às intempéries, por meio do controle da umidade relativa do ar e da temperatura.

O modelo de estufa tipo capela tem a estrutura semelhante a um galpão ou aviário, com as duas abas da cobertura inclinadas, formando um triângulo. Ele funciona muito bem em regiões de altas precipitações de chuvas, porém tem pouca resistência aos ventos, exigindo uma estrutura resistente. A estufa tipo arco é o modelo mais evoluído das estufas de madeira e sua forma oferece grande resistência ao vento. Já o modelo tipo londrina é construído basicamente de esteios e arames. Uma característica desta estufa é que a água da chuva penetra no seu interior em locais já pré determinados no projeto.

Alguns fatores merecem destaque ao se escolher o local para a instalação de estufas, como: topografia, vento e luminosidade. Para a montagem da estufa, deve-se ater a resistência, vedação e orientação. Para o manejo da estufa, devem ser monitorados e controlados dois fatores, são eles: a temperatura e a umidade relativa.

Nas estufas não climatizadas o controle é feito mediante um correto manejo das aberturas das cortinas. Um termômetro, que registre as temperaturas máximas e mínimas, instalado no ambiente das plantas, no centro da estufa, auxiliará a distinguir o momento exato de abrir ou fechar a estufa. A temperatura elevada pode ser controlada através do correto uso de telas de sombreamento removíveis sobre o plástico do teto, ou telas prateadas sob o teto; usando exaustores para retirada do ar quente; construção de lanternins, entre outras.

A produção de tomate em estufa é uma atividade muito lucrativa. No Curso Cultivo de tomate em estufa, elaborado pelo CPT - Centro de Produções Técnicas, o produtor rural receberá informações a respeito de tomate, estufa, produção de mudas, condução e manejo da estufa, além do controle de pragas e doenças e de colheita, seleção e embalagem do tomate. A coordenadora do curso Rumy Goto afirma que antes de mais nada, é extremamente importante que o produtor conheça bem a planta que pretende cultivar, desde a sua origem, as partes da planta até o ambiente em que esta se adapta.

Beatriz Lazia 13-10-2011 Horticultura

Deixe um Comentário

Comentários

Não há comentários para esta matéria.