Aplicação de defensivos: tecnologia para o controle de pragas e doenças

A aplicação de defensivos, feita de maneira correta, gera controle bem feito de pragas, doenças e plantas daninhas

A aplicação de defensivos, feita de maneira correta, gera controle bem feito de pragas, doenças e plantas daninhas.

Aplicação de defensivos: tecnologia para o controle de pragas e doenças

Na agricultura comercial, o uso de agroquímicos para o controle de pragas, doenças e plantas daninhas é utilizado há muitos anos. Para utilizá-los, é preciso identificar o problema a ser resolvido e quantificá-lo para verificar se está causando nível de prejuízo real para a lavoura e, assim, escolher o produto adequado para se fazer uma aplicação de defensivo agrícola. Para que esta seja bem feita, existem equipamentos e técnicas, que evitam o desperdício de produto, atingem o alvo pretendido e não geram perigo para os seres humanos, os animais e a natureza.

A aplicação de defensivos mal feita pode gerar até 70 %  de desperdícios de produtos agroquímicos. Com isso, os defensivos ficam em contato com a natureza, causando degradação e poluição, sem que se resolva o problema proposto.

Quando fazer a aplicação de defensivos?

No caso de controle de pragas e doenças, é preciso fazer uma medida para se entender o nível de prejuízo dos defensivos na lavoura. As pragas e doenças fazem parte do meio natural, sendo assim, são encontrados livremente em ambientes onde existem condições para sua sobrevivência. Quando estão no meio de lavouras comerciais, é preciso aplicar técnicas de aferição para quantificar o seu nível de infestação. Há metodologias específicas para quantificar cada praga ou doença. Por meio delas, pode-se avaliar se as pragas e as doenças são ou não prejudiciais ao plantio para que, só assim, o seu controle seja feito.

As plantas invasoras também possuem um nível de controle. Somente após a avaliação do nível é que se aplica determinado herbicida nas consideradas invasoras. Tais plantas invasoras existem na natureza e só se desenvolvem onde encontram condições favoráveis. Quando estão no meio de lavouras comerciais e seu nível de concorrência proporciona uma diminuição da produção, é o momento certo de se fazer a aplicação.

O alvo

São definidos como alvo todos os organismos biológicos, sejam pragas, fungos, bactérias ou plantas invasoras. Ao determinar o tipo de organismo que se pretende atingir, pode-se escolher o melhor produto agroquímico a ser utilizado, bem como o modo de aplicação para atingi-lo da maneira mais eficaz e econômica possível.

Tipos de aplicação

As aplicações são os meios com que os agroquímicos chegam ao alvo. Estes podem ser sólidos, líquidos ou gasosos. A maior parte das aplicações é feita em meio líquido, com os produtos diluídos em água, em forma de gotas.

Equipamentos

Nas aplicações sólidas, a maioria dos produtos se encontra em forma de pós. Assim, deve-se utilizar polvilhadores. Estes são abastecidos com o produto para, depois, serem introduzidos no local onde fica o alvo. Como exemplo, podemos citar o combate a formigueiros.

As aplicações gasosas são feitas por meio de aparelhos chamados nebulizadores, que criam uma cortina de vapor, direcionada ao alvo. Nesse tipo de aplicação, podemos citar o combate a mosquitos transmissores de doenças.

Já as aplicações líquidas são as mais utilizadas na atualidade, com uma vasta gama de produtos no mercado. Os aparelhos utilizados para esse fim são os pulverizadores hidráulicos. São eles: os costais, os ciclojet (montados como bicicletas), os burrojet (dispostos no lombo de animais de tração) e os autopropelidos.

O princípio de funcionamento dos pulverizadores hidráulicos consiste em se fazer pressão, por meio de componentes hidráulicos, na mistura de água + produtos. Estas se tornam gotas quando passam  pelos bicos de pulverização. A qualidade da água é fundamental para esse tipo de aplicação, caso contrário, pode modificar a qualidade dos produtos. A manutenção constante dos equipamentos deve ser feita diariamente. Deve-se observar os filtros, as mangueiras e os bicos, fazendo a sua limpeza, lubrificação, entre outros. A escolha dos bicos, conforme o alvo que se pretende atingir, bem como a regulagem dos equipamentos, são primordiais para a aplicação surtir resultado técnico e econômico.

Cuidados

As pessoas que conduzirão as operações devem estar com vestimenta apropriada (KIT EPI), para manusear os produtos com segurança, regular as máquinas e proceder à pulverização. Além de serem bem treinadas e orientadas para esse fim.

Deve-se ter bastante cuidado, ao coletar água para essa finalidade,sem deixar restos de misturas no tanque nem jogá-los na natureza. Da mesma forma, deve-se fazer a tríplice lavagem das embalagens e destiná-las a lugares de coleta oficiais, conforme a lei. Além de regular os equipamentos e manter sua limpeza sempre; fazer as operações de pulverização, nas horas mais frescas do dia; prestar atenção à velocidade e ao sentido do vento; posicionar-se contra o vento e não proceder à pulverização com ventos que provoquem a deriva das gotas da mistura .Atenção também deve ser dada a velocidade do trator ou outro meio de tração.

Com o aumento da produção agrícola, o uso de defensivos tornou-se um fator importante para o aumento da produtividade. Entretanto, os produtos são caros e podem intoxicar as pessoas, os animais e o meio ambiente. Cabe aos agricultores fazer o uso de tecnologia, de forma adequada, tendo um técnico ao seu lado. Assim, a aplicação se torna mais econômica, não prejudicial e, com certeza, trará retorno ao produtor rural.

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Andréa Rocha 17-07-2013 Mecanização Agrícola

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