Criação de marreco não demanda muitos investimentos

No Brasil, o marreco destinado à criação é o marreco de Pequim, ave de fácil manejo e alta rusticidade

O marreco é uma ave muito resistente e não necessita de muito luxo durante o crescimento e a engorda

  marreco

No Brasil, o marreco destinado à criação é o marreco de Pequim, ave de fácil manejo, alta rusticidade, de rápido crescimento, muito resistente a doenças, apresentando produção de carne de alta qualidade. Recebe esse nome, pois é originário de Pequim, na China. A criação desse marreco pode ser feita em três fases: fase inicial, fase de crescimento e fase final ou fase de engorda.

A fase inicial, que vai do primeiro dia de vida do marreco até o 21°, normalmente, é dividida em duas etapas: a pré-criação, que vai do 1° dia até o 5° ou 7°, e o período restante, até o 21° dia. É importante ressaltar que os marrequinhos são muito sensíveis, nos primeiros dias de vida, sendo, portanto, necessária a criação destes em locais protegidos, com fornecimento de calor.

As instalações podem ser as mesmas utilizadas para a criação inicial de frango de corte, porém, as mais adequadas são as instalações suspensas, com piso de tela plástica ou chapa perfurada de 15 x 15 mm, que facilita o escoamento de dejetos. Além disso, o galpão deve ser sempre limpo e desinfetado, antes de serem colocados os marrecos recém-nascidos.

Passada a primeira semana de vida dos marrequinhos, estes já podem ficar em um pátio ao ar livre, onde irão se habituar com o clima natural da região. Ao atingirem 15 dias de vida, eles podem ser colocados em viveiros de água, mas com profundidades não superiores à sua altura. Nessa fase, já não são exigidos cuidados especiais.

Quanto às fases de crescimento e engorda,  não existem necessidades de instalações adequadas como são necessárias na fase de criação inicial. Isso se deve ao fato de os marrecos já terem adquirido rusticidade. Por isso, não precisam de um abrigo. No entanto, é necessário que a ração oferecida a eles tenha alguma proteção contra chuva, pois molhada poderia fermentar e se deteriorar, o que causaria problemas para a ave.

Os comedouros utilizados podem ser simples e de madeira, mas de maneira que todas as aves possam se alimentar ao mesmo tempo para evitar a desuniformidade do plantel. Para isso, pode-se calcular a proporção de dois centímetros lineares de comedouro por marreco. Da mesma forma, deve-se levar em conta que o marreco não possui o inglúvio, sendo assim, a ingestão de ração, a cada vez que ele se dirige ao comedouro, é pequena. Com isso, ele retorna diversas vezes, a fim de satisfazer sua alimentação diária.

Como já foi citado anteriormente, o marreco de Pequim apresenta alta rusticidade e resistência a doenças. No entanto, algumas doenças podem acometer os marrecos, sendo duas consideradas de extrema importância:

- salmonelose: como sintomas, ocorrem inapetência, febre, fraqueza, diarreia, desequilíbrio, mortalidade, aumento do tamanho do fígado e baço;

- micotoxicose: o marreco apresenta um crescimento retardado, perda do apetite, ou apetite reduzido, diminuindo, assim, a ingestão de ração.

Para mais informações sobre a criação de marrecos, consulte o curso Criação de Marrecos, elaborado pelo CPT - Centro de Produções Técnicas. O curso conta com orientações a respeito de produção de marrequinhos, fase inicial da criação, fase de crescimento e engorda, abate e comercialização. Leia também nosso outro artigo a respeito Como criar marrecos.

Beatriz Lazia 10-10-2012 Avicultura

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