Para que o pasto permaneça viçoso e produtivo, além de escolher a variedade de capim com base nas condições climáticas da região e fazer a correta adubação do solo, é de suma importância adotar boas práticas de manejo de pastagens. Uma delas é saber o momento certo de liberar o pasto para o gado. Felizmente, a Embrapa desenvolveu uma tecnologia simples e barata que auxilia o produtor a saber quando o pasto está pronto para o gado.
Trata-se de uma régua que lembra um cabo de vassoura, pintada com as cores verde e vermelha, que marcam o ponto de entrada e saída do pastejo, além de indicarem se a pastagem está boa ou ruim para o gado. Nela, já vem indicada a altura ideal de 10 tipos de pastagem, a saber:
CAPINS: mombaça, tanzania, massai, xaraes, marandu, piatã, paiaguás e tupi.
BRAQUIÁRIAS: humidícola e decumbens.
A marcação em vermelho indica que não deve haver boi no pasto. Já a verde mostra que a pastagem está boa para o gado. Entretanto, é necessário percorrer o piquete para fazer uma média da altura das pastagens.
Antigamente o manejo das pastagens era diferente. Era feito por dias de pastejo, dias de ocupação e dias de descanso. Mas esse método não era preciso nem eficaz. Principalmente pela variação dos fatores climáticos e de fertilidade.
Segundo Adilson de Paula Almeida e Bianca Franco Almeida, professores do Curso CPT Formação de Pastagens, o ecossistema de pastagens cultivadas caracteriza-se pelas inter-relações entre solo, planta, animal e clima, influenciadas pelas práticas de manejo empregadas pelo homem. Daí a necessidade de adotar técnicas que geram bons resultados.
O método da régua, por exemplo, ganha precisão e eficácia no manejo, pois leva em consideração a característica estrutural da planta. Quando o capim foi plantado recentemente, a altura do primeiro pastejo apresenta-se inferior à altura normal de manejo indicado na régua.
Portanto, a avaliação é feita de forma diferente. Primeiramente, deve-se observar metade da faixa de pastejo - entrar 25% antes do ponto inicial e sair 25% antes do ponto de saída. Do segundo pastejo em diante, as marcações da régua devem ser seguidas à risca.
É bom ressaltar que esse tipo de manejo é indicado para pastejo rotacionado e contínuo.
Por Andréa Oliveira.
Fonte: Globo Rural.