Produção de forrageiras

Nesse tipo de produção há duas etapas que exigem cuidados especiais: colheita e secagem

 

O Brasil é um dos maiores produtores, consumidores e exportadores de sementes forrageiras tropicais do mundo. O comércio de sementes de pastagem, atividade agrícola muito especializada no país, é responsável por movimentar cerca de R$ 500 milhões por ano. Isso se deve ao fato de o país ser detentor de técnicas modernas, ser grande consumidor do produto e também ser o maior produtor e exportador, responsável por abastecer 28 países nas regiões tropicais do mundo.

Atualmente no Brasil existem nove regiões produtivas, que cultivam principalmente as espécies brizantha, humidicola e decumbens. Mas, para a produção de sementes forrageiras, o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento determina que todas as etapas de produção sejam acompanhadas por engenheiros agrônomos. Além disso, na produção de sementes forrageiras, existem duas etapas que exigem cuidados especiais, são elas: colheita e secagem.

Por isso, essa é uma cultura que exige do produtor rural especialização tecnológica, além de cuidados especiais com os já citados e antecipação de algumas decisões. Sem contar que para este tipo de produção existe uma diversidade muito grande de opções. Sendo que, para cada região, clima e situação de uso existe uma espécie que irá se adaptar melhor. Essas opções podem ser, entre outras: pastagem para produzir leite, desmame de bezerros, engorda a pasto de boi e vaca de cria, por exemplo. Cada situação deve ser avaliada separadamente, a fim de se adotar alternativas adequadas para condições climáticas de alta e baixa produtividade, terrenos de estrutura argilosa, arenosa e mista.

Antes de efetuar a colheita, um dos principais processos da produção de sementes de forrageiras, são necessárias uma série de decisões por parte do produtor. E a mais importante delas é a escolha do local adequado, pois existem algumas regiões que não são indicadas para essa atividade devido a limitações climáticas. A área de plantio deve contar com solos profundos, planos, bem drenados e com boa fertilidade residual. Devido ao fato de a colheita ser feita em forma de varredura, a área deve passar por um processo de nivelamento, depois que o plantio for feito em linhas, a fim de facilitar a colheita.

Quanto à secagem, esta irá depender da forma de colheita. Em alguns casos ela é facilmente dispensada, como ocorre no tipo de colheita de varredura, no qual não há necessidade de secar devido ao teor de água ser muito baixo, girando em torno de 9% a 10%, o que é suficiente para fazer o armazenamento de um ano para outro.

Mas, quando o método de colheita não é o de varredura, como acontece com a brachiaria humidicola, a secagem se faz necessária. Ela deve ser feita ao sol e de forma vagarosa, porém, deve ser iniciada rapidamente. A lentidão do processo é importante para que a semente perca água por aproximadamente 72 horas, nunca menos que isso.

Para obter mais informações a respeito do processo de produção de forrageiras, consulte o curso Seleção de Forrageiras elaborado pelo CPT - Centro de Produções Técnicas. O curso conta com a orientação do pesquisador Antonio Vander Peireira, que destaca entre outras coisas as pastagens no Brasil, quais são as principais forrageiras usadas por aqui, a relação entre as forrageiras e o clima, sementes versus mudas, entre outras. Para ter mais orientações a respeito do assunto, leia nosso outro artigo Seleção de forrageiras.

Beatriz Lazia 19-06-2012 Pastagens e Alimentação

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