Seleção de Forrageiras

A seleção da melhor forrageira para determinada região é de suma importância para a produtividade da pastagem

Nas últimas décadas tem sido formadas um grande número de pastagens que são recuperadas por problemas de degradação e substituição das forrageiras. Trata-se de um grande investimento que nem sempre tem proporcionado o retorno esperado por uma série de motivos, como o uso de técnicas inadequadas na formação do pasto, manejo deficiente e a escolha equivocada da espécie forrageira.

Uma parcela considerável da área de pastagem formada se perde, ao longo dos anos, por conta do mau manejo. Em geral, a queima frequente, a falta de manejo da fertilidade do solo, o excesso de carga animal, causam o superpastejo e a subutilização das áreas, além de contribuírem muito para que as pastagens rendam menos que seu potencial. Parte dessa área, se perde também, por meio da degradação causada por fatores relacionados às técnicas de formação e manejo. Alguns desses fatores são: o plantio incorreto da pastagem, o uso de espécies forrageiras não adaptadas às condições de solo e o clima da região ou o manejo incorreto da pastagem.

Mas existe um outro fator de grande relevância para que uma pastagem seja produtiva: a espécie forrageira escolhida deve ser adequada. Não há duvidas, que para que o pecuarista, de corte ou leite, possa alcançar maior produtividade, utilizando suas pastagens de forma eficiente, as pastagens devem ser formadas por espécies de forrageiras adaptadas ao ambiente da propriedade. As forrageiras precisam também se adaptar às condições de solo e de clima, chamadas de condições edafoclimáticas.

As principais espécies que apresentam potencial forrageiro são encontradas dentro de duas famílias: gramíneas e leguminosas. Existe uma grande variação entre as espécies e as cultivares disponíveis em relação à produtividade, resistência a pragas e doenças e exigência em clima e fertilidade. O pecuarista que vai formar uma pastagem precisa não apenas saber identificar as plantas, mas também, conhecer as características de cada forrageira no que se refere à sua adaptação ambiental. Ou seja, o pecuarista deve saber se o processo é viável para a região onde está situada a propriedade e para o tipo de manejo que será utilizado.

No curso "Seleção de Forrageiras" elaborado pelo CPT - Centro de Produções Técnicas, são apresentados os fatores que devem ser considerados no processo de seleção de uma forrageira para formação de pastagens, abordando não apenas o potencial forrageiro, mas também as condições de adaptação ambiental, as técnicas básicas de formação para cada espécie e, ainda, as condições de manejo mais adequadas para cada uma delas.

Após fazer o curso e ser aprovado na avaliação, o aluno receberá um certificado de conclusão emitido pela UOV - Universidade On Line de Viçosa, filiada mantenedora da ABED - Associação Brasileira de Educação a Distância.

O professor do curso D.Sc. Antonio Vander Pereira diz como deve-se proceder para escolher a melhor forrageira  "deve-se lembrar que não existem forrageiras milagrosas". Para a escolha correta deve-se comparar o potencial de produção e qualidade nutricional, bem como as características de adaptabilidade, exigências de solo (fertilidade, topografia) e clima, além do manejo exigido, potencial genético do rebanho e considerar, ainda, os objetivos que se quer atingir com a forrageira (pastejo, feno, pastejo contínuo ou rotacionado). Sempre realize um bom manejo e a correção da fertilidade do solo.

Patrícia Tristão 11-08-2011 Pastagens e Alimentação

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