Reprodução artificial em bovinos

Os criadores de gado devem entender reprodução artificial como uma intervenção do homem na geração de outro indivíduo, no caso, os bovinos.

O avanço da reprodução artificial na pecuária brasileira tem sido intenso, o que demonstra que as vantagens oferecidas pela técnica são muito grandes

São quatro os fatores responsáveis diretos pelo sucesso da reprodução artificial, por meio da inseminação: o inseminador, o sêmen, a vaca e o meio ambiente

Os criadores de gado devem entender reprodução artificial como uma intervenção do homem na geração de outro indivíduo, no caso, os bovinos. Inclui-se nesse conceito a inseminação artificial, técnica já dominada há muito tempo pelo homem, que tem revolucionado o melhoramento de outras espécies animais de interesse econômico. No caso da pecuária leiteira, vem contribuindo para o aumento da produção de leite.

A qualidade dos touros utilizados nos rebanhos é muito importante e constitui-se como prioridade total, tendo em vista a eficiência do sistema de produção. Touros que sejam reconhecidamente melhorados, com comprovação por testes de progênie bem conduzidos, quando utilizados para inseminação artificial, elevam a produtividade geral do rebanho e trazem bom retorno financeiro aos pecuaristas.

São quatro os fatores responsáveis diretos pelo sucesso da reprodução artificial, por meio da inseminação: o inseminador, o sêmen, a vaca e o meio ambiente (manejo e nutrição). Esses fatores influenciam grandemente o resultado final do processo.

Inseminador

A pessoa que fica encarregada de fazer o serviço de inseminação artificial deve ter o domínio de todos os aspectos do sistema de cria (manejo, controle sanitário, marcações, preenchimento de relatório, entre outros). Recomenda-se fazer o treinamento de, pelo menos, duas pessoas para o trabalho, para um programa abrangendo de trezentas a quatrocentas vacas em observação de cio.

A boa vontade e a responsabilidade são fatores indispensáveis para o aproveitamento satisfatório dos serviços de inseminação artificial. Durante o trabalho, devem ser evitados gritarias, atropelos e uso de cachorros. Além disso, aqueles que se dedicam a esse trabalho devem ter em mente que, durante a estação, não existem feriados nem sábados e domingos.

Sêmen

O sêmen deve ser coletado em laboratórios idôneos, controlados e comprovados pelo Ministério da Agricultura, devendo ser considerado de alta fertilidade. Como norma geral, esse sêmen deve se enquadrar em alguns padrões de qualidade, como: conter pelo menos 10 milhões de espermatozoides viáveis, com motilidade progressiva e bom vigor.

Toda partida de sêmen deve ser examinada antes do uso em cada estação de inseminação. Sua correta manipulação e do botijão que o contém é essencial para a preservação da qualidade espermática.

Vaca

A vaca e a novilha que estejam em um programa de inseminação artificial devem ser férteis, ou seja, ter perfeitas possibilidades de ciclo normalmente, produzir óvulos férteis e gerar um produto nascido vivo e em boas condições. Além disso, é essencial que seu aparelho genital tenha boa conformação e tamanho para receber a inseminação sem maiores dificuldades. As fêmeas que não atendam a esses requisitos devem ser destinadas à monta natural.

Meio ambiente

A estruturação da fazenda na divisão de pastagens, existência de boas fontes de água, curral de fácil manejo, brete com segurança para o homem e o animal, quarto de inseminação, tudo isso é necessário para um bom programa de inseminação artificial.

Para mais informações, consulte o curso Inseminação Artificial em Bovinos - Convencional e em Tempo Fixo, elaborado pelo CPT - Centro de Produções Técnicas. O curso conta com a orientação do professor Luís Fonseca Matos. O curso aborda questões como infraestrutura e equipamentos necessários, fisiologia reprodutiva dos bovinos, entre outros. Leia também nosso outro artigo As vantagens da inseminação artificial em bovinos.