Tuberculose bovina: medidas preventivas

Para diagnosticar a tuberculose bovina, é feito um teste que detecta a doença ainda nas três semanas iniciais de contágio do animal.

Para diagnosticar a tuberculose bovina, é feito um teste que detecta a doença ainda nas três semanas iniciais de contágio 

Tuberculose bovina: medidas preventivas

Para evitar que a tuberculose bovina atinja o rebanho, algumas medidas preventivas são necessárias, tendo em vista que esta é uma doença sem cura nem vacina. Além disso, ela é considerada uma zoonose, pois é transmissível do animal ao homem. Portanto, o pecuarista deve tomar todos os cuidados para impedir qualquer risco à saúde humana, assim como evitar sérias perdas com a disseminação da doença em sua propriedade.

Quando a bactéria (Mycobacterium bovis) contamina o bovino, ela afeta órgãos e tecidos pulmonares e hepáticos, além do baço, do úbere (vacas) e da carcaça. Com o avanço da doença, o animal pode apresentar severo emagrecimento e tosse. Mas na maioria das vezes, os sintomas e alterações provocados pela doença são imperceptíveis, o que torna seu controle ainda mais complexo.

Já a contaminação do homem ocorre por meio do consumo do leite de animais infectados ou durante a manipulação do leite. A transmissão também pode acontecer no manejo de animais doentes, sem o uso de EPIs (Equipamentos de Proteção Individual), como óculos de proteção, luvas e máscaras.

Como a tuberculose bovina gera grandes perdas na pecuária brasileira, no ano de 2001, o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento institui o Programa Nacional de Controle e Erradicação da Brucelose e da Tuberculose (PNCEBT).

Para diagnosticar a doença, em geral, é feito um teste conhecido como tuberculinização (método que detecta a doença ainda nas três semanas iniciais de contágio). Outro meio de detectar a doença no rebanho é a inspeção sanitária de produtos de origem animal. Esta ocorre durante a linha de abate nos frigoríferos e abatedouros do país (análise das carcaças).

Além desses métodos, há um exame chamado necropsia (feito por médico veterinário), que pode detectar até 90% dos casos da doença em um rebanho bovino. Ele é feito após a morte do animal (subsequente ao grau das lesões geradas pela tuberculose ou demais motivos).

Vejamos as medidas preventivas a serem tomadas pelo pecuarista:

1. Se a doença for detectada no gado leiteiro ou gado de corte, o pecuarista deve submeter o rebanho ao teste feito por veterinário. O bovino que obtiver resultado positivo deve ser marcado com a letra "P" no lado direito da face.

2. Após marcar os animais positivos (infectados pela tuberculose bovina), o pecuarista deve notificar a vigilância sanitária e sacrificar esses animais (prazo de 30 dias) em estabelecimento indicado pelo serviço de defesa oficial federal ou estadual.

3. O pecuarista que possuir animais infectados pela tuberculosa bovina deve seguir criteriosamente a normativa do Programa Nacional de Controle e Erradicação da Brucelose e Tuberculose Animal, com a identificação e eliminação de animais infectados.

4. Caso não haja estabelecimento indicado pelo serviço de defesa oficial federal ou estadual em sua região, o descarte dos animais deve ser feito na propriedade de criação. Entretanto, o sacrifício dos animais deve ser fiscalizado pela unidade local do serviço de defesa oficial, conforme os procedimentos determinados pelo Departamento de Defesa Animal.

5. Quando o pecuarista for comprar bovinos, ele tem o direito de exigir um exame feito por médico veterinário, mesmo se os animais já tiverem comprovação de teste negativo para a tuberculose bovina.

Por Andréa Oliveira.

Fontes: Embrapa e Beefpoint.


Andréa Oliveira 08-10-2015 Pecuária de Corte

Deixe um Comentário

Comentários

Não há comentários para esta matéria.