Tristeza Parasitária Bovina (TPB) - saiba mais sobre a doença

Tristeza Parasitária Bovina (TPB) - saiba mais sobre a doença. O ideal é que o diagnóstico seja precoce, por meio do histórico do rebanho - análise do índice de infestação de carrapatos.

Para prevenir a Tristeza Parasitária Bovina (TPB) no rebanho, o pecuarista deve realizar o controle estratégico durante todo o ano

Tristeza Parasitária Bovina (TPB) - saiba mais sobre a doença

A doença conhecida como Tristeza Parasitária Bovina (TPB) é causada pelos parasitas Babesia e Anaplasma. Ambos se multiplicam no interior das hemácias (glóbulos vermelhos) - o que causa a sua destruição, por isso o grave quadro de anemia em bovinos infectados. O principal vetor é o carrapato Boophilus microplus, mas a transmissão da doença pode ocorrer por outros vetores, como a mosca Stomoxys calcitrans, ou ainda por agulhas ou instrumentos contaminados.

Alguns bovídeos são mais propensos à doença, como o Bos taurus (mais vulnerável ao ataque de carrapatos). Por outro lado, os bezerros apresentam maior resistência à TPB, graças aos anticorpos presentes no colostro - o que garante imunidade celular. Independentemente disso, o pecuarista deve promover medidas de controle para evitar a ocorrência dessa doença parasitária no rebanho.

Como prevenir a doença parasitária?

Para prevenir a Tristeza Parasitária Bovina (TPB) no rebanho, o pecuarista deve realizar o controle estratégico durante todo o ano. Com medidas integradas, a redução de carrapato nos bovinos, nas pastagens e nas instalações será mais efetiva. Da mesma forma, é importante que os bovídeos adquiridos recentemente, que estiverem em área endêmica, tenham atenção redobrada. Isso vale para os bezerros em desmame.

Quais os sintomas da Tristeza Parasitária Bovina?

Inicialmente, ocorre a prostração e apatia do bovino. Com o agravamento do quadro da doença, os animais apresentam anemia, o que pode ser detectado pela observação de suas mucosas oculares e genitais (muito pálidas). Eles também podem apresentar icterícia (mucosas amareladas). Simultaneamente podem surgir febre alta, anorexia, pelos arrepiados, aceleração dos batimentos cardíacos, respiração ofegante, perda brusca de peso, interrupção da ruminação, suspensão na produção de leite, problemas de locomoção (neurológicos) e urina escura (hemoglobinúria).

Como é feito o diagnóstico da enfermidade?

O ideal é que o diagnóstico seja precoce, por meio do histórico do rebanho - análise do índice de infestação de carrapatos. Além de exame clínico, pode ser realizada a necropsia de animais que não resistiram à doença. É bastante comum o exame de sangue dos bovinos - técnica do esfregaço sanguíneo (para constatação ou não de parasitas no sangue).

Qual o tratamento da doença?

O tratamento da Tristeza Parasitária Bovina (TPB) é realizado com medicamentos à base de diaminazina (Babesia) - 1ml/10kg/peso vivo (via intramuscular), e oxitetraciclina (Anaplasma) - 1ml/10Kg/peso vivo (via intramuscular). No caso da constatação de Babesia e Anaplasma em conjunto, recomenda-se a aplicação de Imidocarb - 1ml/40Kg/peso vivo (via subcutânea). Alguns pecuaristas também realizam a quimioprofilaxia - trata-se da aplicação de Diazen, de forma estratégica (períodos específicos), para impedir altos índices de parasitas vivos no sangue circulante do bovino.  

Fontes: Dia de Campo e Infoescola.

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Andréa Oliveira 07-03-2017 Pecuária de Leite

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