Brasil usará tecnologia da Nasa para análise de solo

Brasil usará tecnologia da Nasa para análise de solo. O AGLIBS usa a mesma tecnologia da Nasa, conhecida como Rover Curiosity, robô desenvolvido para detectar se há água em Marte.

O AGLIBS usa a mesma tecnologia da Nasa, conhecida como Rover Curiosity, robô desenvolvido para detectar se há água em Marte

Brasil usará tecnologia da Nasa para análise de solo

O AGLIBS foi desenvolvido por cientistas brasileiros, em parceria da Embrapa Instrumentação (SP) com a Agrorobótica. Após observarem que muitos agricultores não realizavam análise de solo, por ser de alto custo, houve a necessidade de se desenvolver esse moderno equipamento. Ele realiza a análise do solo, com rapidez e baixo custo, sendo, portanto, viável ao pequeno produtor rural.

Além de evitar que os agricultores usem insumos agrícolas, sem prévia análise de solo, o que resulta em falta ou excesso de corretivos nas lavouras, o AGLIBS não deixa resíduos químicos na área. O equipamento é capaz de realizar a análise de 1.500 amostras de solo por dia, com informações importantes sobre a quantidade de carbono orgânico do solo, textura (argiloso ou arenoso) e pH.

O AGLIBS usa a mesma tecnologia da Nasa, conhecida como Rover Curiosity, robô desenvolvido para detectar se há água em Marte. A tecnologia, chamada de Libs, nada mais é do que uma espectroscopia de emissão óptica, com plasma induzido por laser. "O sistema dispara um laser de alta energia na amostra, gerando um plasma, que emite luz vinda dos átomos e íons presentes no solo", afirma Débora Milori, pesquisadora da Embrapa.

A luz vinda de cada elemento forma algo parecido com uma impressão digital, que permite a identificação do átomo presente no plasma. Assim, "é possível quantificar carbono, nutrientes e contaminantes do solo", completa Débora Milori. Graças a essa tecnologia, podem ser feitas em torno de 360 mil análises de solo por ano. Trata-se praticamente do dobro de análises realizadas em grandes laboratórios do país.

Segundo Aida Bebeachibuli Magalhães, doutora em física e sócia da Agrorobótica, a diferença é que a análise com o AGLIBS é realizada em um único processo, o que não ocorre nas análises laboratoriais (13 processos). Para que a tecnologia chegue ao pequeno produtor, uma opção é o sistema de franquias, com laboratórios, cooperativas, revendas e empresas envolvidas com agricultura de precisão. Basta o agricultor enviar as amostras de solo para um franqueado, que o resultado é emitido para uma central de análise.

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Fonte: revistagloborural.globo.com

Andréa Oliveira 06-09-2018 Agricultura

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