“No Brasil, as doenças do pessegueiro (Prunus persica) causam sérios problemas, que impactam na boa condução do pomar. A intensidade da doença varia de acordo com as condições climáticas, a cultivar implantada e o estado nutricional das plantas. Com o controle adequado, os riscos de perdas na produção são reduzidos satisfatoriamente”, afirma Francisco Ramos da Fonseca, professor do Curso CPT Produção de Pêssego.
Ferrugem
A ferrugem se concentra, nas folhas do pessegueiro, no estágio final do ciclo da planta. Trata-se de manchas amarelo-ferruginosas (face inferior) e amarelo-pálidas (face superior). Com o avanço da doença e condições climáticas favoráveis (temperatura e umidade elevadas), essas manchas necrosam e causam a queda precoce das folhas. Os frutos também são infectados e, como consequência, a frutífera fenece.
Além da prevenção com boas práticas de manejo do pomar, os fruticultores são orientados por especialistas para procederem ao controle químico assim que a primavera começa. Com isso, a frutífera se torna mais resistente à doença.
Podridão parda
A podridão parda é causada por fungos e se concentra nos ramos, nas flores e nos frutos do pessegueiro. Normalmente, esses fungos acometem os botões florais, que se tornam pardos e murchos. Com o decorrer do tempo, a doença se espalha do pedúnculo até os ramos, o que causa a morte da frutífera. Nos pêssegos contaminados, surgem pequenas manchas pardas circulares, que aumentam o tamanho com o avanço da podridão.
Tanto nas podas como na colheita dos pêssegos, é importante evitar injúrias nos frutos. Caso contrário, mesmo pequenas, essas lesões podem favorecer a entrada de fungos. Recomenda-se o controle químico, no verão, além de podas de limpeza, para o bom arejamento da frutífera.
Podridão mole
A podridão mole acomete os frutos, quando armazenados indevidamente, ou mesmo no transporte dos pêssegos em caixas sujas e contaminadas com fungos. Essa doença inviabiliza comercialmente os frutos, pois deixa a polpa com aspecto aquoso.
O melhor método de controle da doença é com a higienização das caixas de colheita. Elas devem ser lavadas e desinfetadas com solução à base de hipoclorito de sódio. Além disso, na pré e pós-colheita dos pêssegos, os frutos devem passar por tratamento químico.
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Fonte: cpt.com.br
Por Andréa Oliveira.
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