Limão-Taiti - controle das Cochonilhas (Orthezia praelonga e Pinnaspis aspidistrae)

Alguns cuidados são necessários para evitar que a limeira seja atacada por pragas como as Cochonilhas, o que certamente prejudicará a sua produtividade

Alguns cuidados são necessários para evitar que a limeira seja atacada por pragas como as Cochonilhas, o que certamente prejudicará a produtividade da cultura

Limão-Taiti - controle das Cochonilhas (Orthezia praelonga e Pinnaspis aspidistrae)
Alguns cuidados são necessários para evitar que a limeira seja atacada por pragas como as Cochonilhas, o que certamente prejudicará a produtividade da cultura.

A Lima Ácida conhecida no Brasil como Limão-Taiti (Citrus x latifolia) tem como provável origem o Tahiti. Possui formato arredondado, coloração verde-amarelada, diâmetro entre 3 e 6 cm e polpa tenra, de sabor ácido.

A árvore pode chegar aos 5m de altura, com folhas ovais entre 2.5 e 9 cm, flores branco-amareladas, contornadas com roxo claro.

São Paulo é o maior produtor de Limão Taiti do Brasil, representando quase 70% do total, seguido pelo Rio de Janeiro e pela Bahia. No exterior, os principais produtores de Limão-Taiti são o México, os Estados Unidos (mais especificamente a Flórida), o Egito, a Índia e o Peru.

No Brasil, os meses mais propícios para a colheita de Limão-Taiti vão de maio a setembro, embora os frutos possam ser colhidos durante o ano todo. Entretanto, alguns cuidados são necessários para evitar que a limeira seja atacada por pragas como as Cochonilhas, o que certamente prejudicará a sua produtividade.

Cochonilha Ortézia (Orthezia praelonga)

Esta é uma das pragas que mais causam prejuízo ao produtor rural, por isso requer um controle sistemático, o que infelizmente aumenta os custos de produção. Além de ser sugadora da seiva da limeira, a Ortézia injeta toxinas que debilitam a planta. Simultaneamente, as exsudações eliminadas  por essa Cochonilha estimulam o desenvolvimento de um fungo negro, chamado Fumagina, que impede a realização plena da fotossíntese pela limeira.

O ataque da Cochonilha Ortézia é mais voraz nas épocas mais secas do ano. Esta pode ser disseminada pelo vento, por mudas, ou mesmo pelo homem ou os materiais manipulados por ele. Daí a urgência de se tomar os devidos cuidados, evitando que esta praga atinja os pomares onde estão as limeiras.

Controle:

Como já dissemos, o melhor meio de controle é evitar que a Ortézia entre no pomar, já que é uma praga de difícil controle, além de gerar altos custos ao produtor.

Entretanto, se a praga já atingiu a limeira, o controle mais eficiente é por meio de inseticidas sistêmicos granulados, aplicados no solo, ao redor da planta, em sulcos de 10 a 15 cm de profundidade. O mais indicado pela maioria dos agrônomos é Aldicarb, em doses de 30 a 120 g/planta, conforme a sua idade.

Escama-Farinha (Pinnaspis aspidistrae)

A Cochonilha conhecida como Escama-Farinha ataca principalmente o tronco e os ramos da limeira. O local atacado adquire um aspecto esbranquiçado, como se tivesse sido pulverizado de branco.

Devido à sucção voraz da seiva feita por essa Cochonilha, inúmeros danos ocorrem à limeira, inclusive a rachadura da casca do tronco e dos ramos, o que facilita a entrada de organismos patogênicos, como os fungos do gênero Phytophthora, que causam a Gomose.

Controle:

Deve-se pincelar tanto o tronco como os ramos da limeira com a seguinte mistura: 1 kg de enxofre; 2 kg de cal; 0,5 kg de sal de cozinha; 15 g de Diazinon ou 35 g de Melathion e 15 L de água.

É importante lembrar que ambos os  procedimentos devem ser feitos nos horários em que a temperatura esteja mais baixa, a fim de evitar a queima dos frutos.

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Andréa Rocha 03-12-2013 Fruticultura

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