Chipagem de tratores - essa prática é recomendada?

Chipagem de tratores - essa prática é recomendada? Embora possa funcionar, é uma prática muito arriscada, pois quando o fabricante pensa no projeto de um trator, considera uma série de aspectos técnicos.

A chipagem de tratores é a mudança no software que controla os motores de injeção eletrônica, para aumentar a potência e o torque do motor

Chipagem de tratores

Muita polêmica gira em torno da chipagem de tratores, colheitadeiras e pulverizadores - uns são contra, outros são a favor. Mas será que realmente essa prática é recomendada? Primeiramente, vamos entender o que chipagem. Trata-se da reprogramação dos parâmetros originais dos chips dos computadores de bordo da máquina agrícola, para que o sistema de injeção funcione com o máximo de desempenho.

Em outras palavras, a chipagem é a mudança no software (dentro do módulo) que controla os motores de injeção eletrônica, para aumentar a potência e o torque do motor, com possível redução de combustível. Embora possa funcionar, é uma prática muito arriscada, pois quando o fabricante pensa no projeto de um trator, considera uma série de aspectos técnicos e mercadológicos para definir o nível de torque e potência da máquina.

A prática diminui a vida útil do motor, pois o aumento do torque e da potência vão contra a transmissão e o rodado originais de fábrica. Além disso, ao fazer a chipagem do trator, se a máquina estiver na garantia, esta perderá a validade. Do mesmo modo, a prática sobrecarrega a transmissão e resulta no mau funcionamento do motor. Portanto, a chipagem não é recomendada em tratores agrícolas - nem em colheitadeiras e pulverizadores.

Em síntese, a chipagem feita em motores de injeção eletrônica pode:

->Não garantir o desempenho adicional, principalmente se a máquina não tiver capacidade de receber lastro adicional para a tração de implementos mais pesados;

->Reduzir a vida útil da transmissão - assim que a capacidade máxima de lastreamento do trator é ultrapassada para alcançar uma relação peso-potência satisfatória;

->Causar sobreaquecimento e falha do motor no momento em que aumenta a potência e o calor (força o motor);

->Causar carbonização e danos no motor, pois o combustível adicional injetado na câmara de combustão pode não ser queimado de forma adequada;

->Fazer a máquina parar prematuramente, pois o motor utilizado na máquina pode originalmente estar trabalhando próximo de sua capacidade máxima;

->Anular a garantia de fábrica - ainda que o motor tenha capacidade para gerar torque e potência adicionais.

Por Andréa Oliveira.

Fontes: Globo Rural e Innova Solutions.

Andréa Oliveira 10-06-2016 Mecanização Agrícola

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