Suplementação pós-desmama garante retorno financeiro

A suplementação dos animais em pastejo garante uma otimização do sistema como um todo. Mas, essa prática pressupõe a necessidade de se fazer vários questionamentos a respeito de planos de funcionamento de nutrientes, visando o encurtamento do ciclo produtivo. O primeiro questionamento que surge quando o assunto é suplementação gira em torno do retorno financeiro, bem como o acréscimo no ganho de peso promovido pela suplementação e o seu custo.

Sabendo que um animal em fase de crescimento ganha peso em ossos também, a principal dúvida que surge é a respeito de: será que 1 Kg de ganho em peso corporal de um animal que recebe suplementação mineral é igual ao quilo ganho por um animal que recebe suplementação protéica, ou protéico-energética?

Para responder a esta pergunta, tomamos como base um estudo no qual foram utilizados bezerros recém-desmamados da raça Nelore, não castrados, e que foram submetidos a diferentes estratégias de suplementação ao longo da recria e terminação. Para este estudo foram abatidos três animais no início da avaliação e outros três ao final. Desse modo, foram obtidos os rendimentos de carcaça em cada situação, o que proporcionou a possibilidade de avaliar o ganho de cada animal em carcaça.

A partir desse estudo constatou-se que o tipo de suplementação interfere no rendimento de carcaça, ou seja, dependendo do tipo de suplemento utilizado o tamanho dos órgãos, principalmente os gastrointestinais, serão afetados.

Após a desmama, de acordo com o estudo feito, a suplementação a base de protéico-energético promoveu ganhos de peso corporal maior do que a de base apenas protéica. Então, percebeu-se que, quando se compara o ganho de peso corporal total dos animais com as duas dietas, tem-se um acréscimo de 42,6% em favor da protéico-energética; ao passo que, quando a comparação é feita em ganho de peso de carcaça, tem-se um acréscimo de 47,2%, o que mostra que os animais, além de ganhar mais peso, também ganham mais carcaça.

Para aqueles produtores que desejam saber se na prática o ganho adicional é favorável, basta que façam o cálculo do custo alimentar, da receita alimentar bruta e da receita alimentar liquída, dessa forma, o produtor terá os valores das diferenças obtidas e as colocará em seu custo de produção.

A partir do resultado desses cálculos, ficará claro ao produtor que as técnicas de suplementação trazem vantagens além das normalmente observadas. Para mais informações a respeito confira os cursos Alimentação de gado de corte e Engorda a pasto, elaborados pelo CPT - Centro de Produções Técnicas.

Beatriz Lazia 25-10-2011 Bovinos

Deixe um Comentário

Comentários

Não há comentários para esta matéria.