De acordo com Guilherme Barcellos Gjorup, Doutor em agronomia e professor do Curso CPT Controle de Formigas Cortadeiras, as formigas cortadeiras tornaram-se pragas presentes em grande parte das áreas cultivadas, florestas homogêneas e pastagens. Entre as espécies mais importantes, destacam-se as saúvas e as quenquéns, respectivamente dos gêneros Atta e Acromyrmex.
As diferenças entre as saúvas (Atta) e as quenquéns (Acromymex) é que as primeiras são maiores e constroem ninhos maiores. Nesse sentido, as saúvas são bem mais destrutivas que as quenquéns. Se não for realizado o controle adequado e no momento certo, elas podem dizimar toa a vegetação, o que gera sérios prejuízos ao produtor de eucaliptos, produtor de frutíferas (e outras culturas) e pecuarista, pois até mesmo os pastos são atacados.
Monitoramento
O monitoramento das formigas cortadeiras considera o potencial de dano dos formigueiros conforme o seu tamanho. Ao conhecer a extensão do formigueiro e a população de formigas no ninho (por área cultivada) e as perdas por desfolha, torna-se mais fácil fazer estimativas dos prejuízos causados pelas cortadeiras. Com base nisso, o produtor decide se deve (ou não) realizar o controle.
Controle químico
O controle químico das formigas cortadeiras é a forma mais comum por ser a mais eficiente. Nesse método, são utilizadas iscas tóxicas e termonebulização. Os produtos químicos podem ser em pó seco, gás ou líquido. Geralmente, as iscas com fipronil e cobre são colocadas juntamente a óleos essenciais e bagaços de laranjas. Quando as formigas ingerem as iscas, elas atuam lentamente no organismo da praga para que toda a colônia seja contaminada.
O mais recomendado é colocar as iscas quando o solo estiver seco, próximas a carreiros de formigas e bocas dos formigueiros.
Controle cultural
O controle cultural de formigas cortadeiras pode ser realizado com o revolvimento do solo onde estão os formigueiros, em especial se forem formigas do gênero Acromymex, que constroem os ninhos superficialmente. Outra medida é revestir o caule das árvores com um cone de pneu ou plástico. Essa prática não permite que as formigas subam a árvore. Se as plantas forem menores ou forem mudas, a melhor opção são as garrafas PET.
Outra medida eficiente é cultivar plantas repelentes (gergelim e batata-doce) próximas a lavouras, pomares, florestas ou pastagens.
Controle biológico
O controle biológico de formigas cortadeiras é realizado com a ajuda de inimigos naturais da praga. Como exemplos, temos: tamanduás, tatus, rãs, sapos, aves, besouros (Canthon e Taeniolobus), além de outras espécies de formigas (Nomamyrmex, Paratrechina e Solenopsis), e moscas (Phoridae).
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Fonte: Frutíferas.com.br
Por Andréa Oliveira
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