Saiba mais sobre botulismo em bovinos

Com a evolução do botulismo, os bovinos não conseguem permanecer em pé, a paralisia se agrava e os animais morrem.

Com a evolução do botulismo, os bovinos não conseguem permanecer em pé, a paralisia se agrava e os animais morrem

Saiba mais sobre botulismo em bovinos

Causada pela bactéria Clostridium botulinum, o botulismo é uma séria intoxicação, que pode atingir os bovinos. Trata-se de um tipo de bacilo gram-negativo, que produz esporos e os lança ao meio ambiente. Por isso, é muito comum encontrar esse microrganismo nocivo no solo, na água, ou mesmo na matéria orgânica vegetal e animal. Isso resulta em fácil contaminação do gado se não forem adotadas medidas preventivas.

Geralmente, os esporos do C. botulinum encontram condições propícias na carcaça do bovino. Nela eles se multiplicam e lançam toxinas, que atingem as cartilagens, os tendões e os ossos do animal. A cama de frango na dieta dos bovinos é um dos meios mais comuns de contaminação quando em confinamento. Assim que os esporos presentes na cama são ingeridos, o animal é contaminado.

Isso ocorre porque as toxinas liberadas pelo bacilo são absorvidas pelo intestino do bovídeo, que seguem para outros órgãos por meio do sistema circulatório. Ao atingirem o sistema nervoso periférico, ocorre um bloqueio da síntese de acetilcolina, que controla o impulso nervoso no organismo do animal. Como resultado da intoxicação pelos esporos, o bovino apresenta um quadro de paralisia flácida progressiva.

A paralisia atinge primeiramente os membros posteriores dos bovinos. Por isso, eles passam a caminhar com dificuldade e lentamente. Muitos animais do rebanho, quando intoxicados, apresentam diversos graus de incoordenação, ataxia e anorexia. Alguns tornam-se muito estressados, comportamento que pode levá-los à morte.  

Com a evolução do botulismo, o animal não consegue permanecer em pé. A paralisia se agrava ainda mais e progride para os membros anteriores, pescoço e cabeça. Com isso, o bovino não consegue mastigar nem deglutir, o que causa acúmulo de alimentos na boca, profusão na língua e incapacidade de ruminar. Por fim, o bovino entra em coma e morre.

Em casos agudos de intoxicação, o óbito do animal ocorre de um a dois dias após o surgimento dos sintomas. Já em casos crônicos, o bovino morre em uma semana ou mais.

O tratamento do botulismo custa caro ao pecuarista e, por isso, é inviável. Muitas vezes, não gera bons resultados, principalmente se o quadro de saúde do bovino é grave. Por tais motivos, as medidas preventivas são a melhor opção para o controle da doença. Dentre elas, manter o criatório limpo - sem fontes de contaminação; incinerar as carcaças; fornecer uma dieta balanceada - rica em nutrientes; corrigir o nível de fósforo na pastagem; além de vacinar o rebanho.

Fontes: Infoescola e Embrapa.

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Andréa Oliveira 18-08-2017 Pecuária de Corte

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