Conhecida pelos pecuaristas como aborto infeccioso ou febre de malta, a brucelose bovina é causada pela bactéria Brucella abortus, que acomete rebanhos em todo mundo. Sua transmissão pode ocorrer durante partos ou abortos de bovídeos contaminados ou no momento em que a vaca lambe o bezerro após o nascimento. Durante o coito, a chance de contaminação é quase nula, mas, na inseminação artificial, a probabilidade de contrair a doença é alta, caso o sêmen esteja infectado.
Sinais da doença em machos e fêmeas
Na fêmea, os sinais de contaminação por Brucella são: corrimento vaginal, bezerros natimortos, bezerros recém-nascidos muito fracos, aborto no terço final da gestação, além de retenção placentária e infertilidade (permanente ou temporária). Já nos machos, a brucelose se manifesta da seguinte forma: redução da qualidade dos espermas (infertilidade), inflamação nos testículos (orquite), problemas na articulação (artrite e/ou bursite), além de lesões nas glândulas mamárias do bovino.
Contaminação nos seres humanos
A brucelose é uma zoonose, ou seja, pode ser transmitida tanto para os bovinos como o homem. Portanto, é preciso extremo cuidado para evitar que a doença atinja o rebanho. Mesmo porque trata-se de um mal que não tem cura. A transmissão ao pode ocorrer na ingestão de leite cru contaminado, bem como demais laticínios contaminados com a bactéria Brucella. Outra forma de contaminação é no manejo do gado - até mesmo dos animais mortos. Quando é transmitida aos seres humanos, a infecção pode causar infertilidade na mulher e no homem.
Vacinação preventiva
A brucelose pode gerar perdas de até 75% do rebanho, pois é uma doença incurável e perigosa. Para evitar a contaminação do gado, é de fundamental importância vacinar os animais do rebanho. A vacinação é obrigatória e deve ser comprovada por meio de atestado expedido por médico veterinário. O profissional deve estar cadastrado no Mapa - Ministério da Agricultura e do Abastecimento. Outra exigência é a marcação no lado esquerdo da face dos bovídeos.
A vacina é aplicada em única dose - 2 ml/animal, com seringa e agulha descartáveis. No mercado nacional, é possível encontrar duas vacinas - B19 e RB51. Além da vacinação preventiva, são necessários exames periódicos na fase de reprodução (24 meses de vida). É importante ressaltar que os animais infectados devem ser imediatamente descartados com prévia notificação da agência de defesa animal.
Fontes: Canal Rural e Infoescola.
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