Criação de suínos dentro das normas de bem-estar

Criação de suínos dentro das normas de bem-estar. Nas granjas de bem-estar suíno, os animais são criados soltos e em grupos. Nelas, a gestação é coletiva, o que reduz o número de abortos.

Inúmeras são as vantagens na criação de suínos dentro das normas de bem-estar, como redução do estresse e aumento na produtividade da granja

Criação de suínos dentro das normas de bem-estar

Inúmeras são as vantagens na criação de suínos dentro das normas de bem-estar animal. Entretanto, no Brasil, a realidade é bem diferente. Cerca de 99% das granjas continuam com o sistema de confinamento. Para mudar esse quadro, a Secretaria de Desenvolvimento Agropecuário e Cooperativismo do Ministério da Agricultura - em parceria com a Unidade de Bem-Estar Animal da Direção Geral da Saúde e da Proteção do Consumidor da Comissão Europeia, têm desenvolvido vários projetos para conscientização dos suinocultores.

No início de 2016, foi formalizado um acordo entre Brasil e União Europeia para incentivar os produtores a adorarem o novo sistema em suas granjas. De granjas convencionais, elas passariam a granjas de bem-estar onde os suínos seriam manejados segundo as normas de conforto animal.

Com isso, os suinocultores diminuiriam o estresse animal tanto na criação como no momento do abate. Muito diferente do que ocorre no sistema de criação de suínos convencional. Nele, a fêmea prenhe permanece durante os 112 dias de gestação em uma pequena baia onde descansa e se alimenta. Somente no parto é que ela sai do confinamento. Em seguida, ela retorna e termina a fase de lactação.

Nas granjas de bem-estar suíno, os animais são criados soltos e em grupos. Nelas, a gestação é coletiva, o que reduz o número de abortos, pois as fêmeas sentem-se mais confortáveis e dispostas.

Outra vantagem da criação de suínos dentro das normas de bem-estar é durante a alimentação. Cada animal do plantel é alimentado individualmente. A fêmea entra em uma cabine e um mecanismo controla, com precisão, a dieta necessária à matriz até o 38° dia. Um chip fixo na orelha registra todos os dados necessários.

Como resultado, nada é desperdiçado! Além disso, o sistema promove uma redução bastante significativa no consumo de ração por quilo de leitão nascido. Sem falar que os leitões alcançam o peso ideal em menor tempo.

Segundo o professor Paulo César Brustolini, do Curso CPT Manejo de Leitões do Nascimento ao Abate, o potencial brasileiro de produção de carne suína cresce a cada ano. Neste contexto, o manejo é um dos fatores essenciais para a boa produtividade da granja. Portanto, adotar o sistema de criação primando pelo bem-estar animal só aumentará as chances de sucesso do suinocultor.

Por Andréa Oliveira.

Fonte: Canal Rural.

Andréa Oliveira 18-03-2016 Suinocultura

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