→ Agricultura Natural fundamentam-se no método natural de formação do solo, porém, esse método conta com a interferência humana, em obediência às leis da natureza. Outrora, a agricultura nômade tirava proveito da fertilidade natural da terra virgem para a produção agrícola e, quando esta se esgotava, era abandonada, passando-se a ocupar novas áreas. A terra degradada era deixada em abandono para que a natureza se incumbisse de refazer o solo naturalmente.
→ Na Agricultura Natural, a par desse processo, o homem interfere diretamente, contando, para tanto, com a força da natureza e com todos os conhecimentos técnicos e científicos adquiridos ao longo da evolução humana, para rapidamente restabelecer o solo produtivo. Assim, preconiza-se na Agricultura Natural a adoção de um sistema de exploração agrícola que acelere o processo de reversão do solo desgastado à terra virgem original. Essa recuperação do solo é processada durante a fase de exploração agrícola, de modo que o trabalho de reversão não seja antieconômico.
→ Dentro desse preceito, a Agricultura Natural enfatiza, em suas recomendações, o uso intensivo de compostos, cobertura morta, adubos verdes e outros recursos naturais, microrganismos do solo, assim como o controle biológico de pragas, controle bio-mecânico de ervas daninhas, dentre outras técnicas. Essas recomendações proporcionam a ideia de que a Agricultura Natural é um sistema que lança mão de técnicas obsoletas, arcaicas e pouco científicas. Mas, na verdade, pode-se dizer que a Agricultura Natural é um sistema de exploração agrícola que recorre aos conhecimentos mais avançados da ciência, em todas as áreas.
O sistema de Agricultura Natural caracteriza-se pela habilidade de selecionar os conhecimentos científicos, à luz da filosofia estabelecida pelo Mestre Mokiti Okada. Na prática, é um sistema que recorre ao princípio de reciclagem dos recursos naturais e enriquecimento do solo com matéria orgânica microrganismos, considerando que este é o único caminho que pode tornar a exploração agrícola duradoura, racional e sustentável.
→ O princípio básico da Agricultura Natural consiste em fazer manifestar a força do solo. A agricultura convencional ignora essa força do solo e utiliza o sistema de incorporação de produtos químicos, que impedem a manifestação da força natural da produtividade do solo. Assim, historicamente, as vertentes que opunham ao método convencional de agricultura se detiveram, em princípio, na questão da sanidade do solo, diante do uso crescente de insumos tóxicos e poluentes nas lavouras.
→ Chegou a hora de iniciar a cruzada em prol de uma agricultura mais humana e sustentável. Hoje, graças a Deus, as tecnologias agrícolas alternativas estão, a cada dia, crescendo em criatividade, credibilidade e aplicabilidade. É hora de se lembrar das leis da natureza, para melhor direcionar as novas atividades. Quando os homens destroem o solo, as matas se refazem, e quando os homens contaminam com o esgoto as águas do mar, estas reagem e trabalham para descontaminar. A ciência vem evidenciando que existem trabalhos de microrganismos e reações bioquímicas nesses fenômenos. Assim, homens sensatos aprendem com a Natureza e direcionam suas atividades para o bem da humanidade.
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Por Eduardo Silva Ribeiro.