No Brasil, as espécies de sorgo granífero (Sorghum vulgare e Sorghum bicolor) têm se destacado principalmente na safrinha. Quinto cereal mais produzido no mundo, o sorgo apresenta usos e vantagens de grande relevância. Entretanto, o valor comercial do sorgo é menor que o valor do milho. Além disso, aqui, planta-se sorgo apenas quando há compradores certos ou para uso em propriedades que contam com processadoras.
Ainda assim, o sorgo é um bom investimento, pois apresenta um futuro promissor, tanto no mercado externo como interno, assim como acontece com outros cereais, como o milho e o trigo. Trata-se de um cereal versátil, com usos vantajosos na alimentação animal (bom desempenho alimentar em vários tipos de criação) e humana (fonte de fibras alimentares e antioxidantes).
Usos vantajosos do sorgo
Além de ser utilizado na produção de biodiesel (85 toneladas por hectare – semelhante à cana-de-açúcar), o sorgo serve de alimento para várias criações animais em propriedades rurais brasileiras e norte-americanas. Sem falar do uso significativo do cereal na alimentação humana (farinha), especialmente, em países africanos e asiáticos. Vejamos abaixo com mais detalhes:
Alimentação animal
Na dieta de rebanhos bovinos, o sorgo é fornecido tanto a animais criados a pasto como confinados, independentemente da categoria de bovino. Já na criação de suínos, o cereal é um dos ingredientes da ração para leitões. Enquanto que na avicultura, o granífero é utilizado sem tanino na alimentação de galinhas poedeiras e frangos de corte. Em todos os casos, o sorgo apresenta boa digestibilidade e eficiência alimentar.
Até mesmo na fabricação de ração para cães e gatos, o sorgo é utilizado, pois não apresenta toxidade nem comprometimento para o trato digestivo dos animais domésticos. Normalmente, esse cereal é um dos componentes da formulação, pois é mais barato que o milho, um dos mais utilizados para fabricar ração.
Alimentação humana
O tanino presente no sorgo contribui com o emagrecimento e o consumo pode ser feito até mesmo por pessoas celíacas, pois esse cereal não apresenta glúten. Rico em fibras alimentares, o cereal atua no bom funcionamento intestinal. Além disso, seus compostos fenólicos apresentam ação antioxidante, o que contribui com o combate aos radicais livres.
Além disso:
O sorgo tolera melhor veranicos quando comparado aos demais cereais. Outra vantagem é a produção de palhada, utilizada como cobertura do solo no plantio direto. Além de reter a umidade do solo, as palhas do sorgo aumentam os seus nutrientes, o que contribui com o aumento da produtividade de culturas posteriores.
Sem falar que normalmente não há presença de aflatoxina no sorgo (salvo exceções). Esta é uma micotoxina produzida pelo fungo Aspergillus, presente em cereais, quando em condições favoráveis de calor e umidade. Quando contamina os alimentos, pode gerar riscos à saúde animal e humana.
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Fonte: Blog Agronegócio em Foco - pioneersementes.com.br
Por Andréa Oliveira.
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