Sistema semi-intensivo de criação de peixes

Esse sistema exige a complementação da dieta com ração comercial ou preparada pelo próprio piscicultor

Um dos sistemas de produção de peixes mais disseminados no Brasil é o semi-intensivo, em que são adotados viveiros escavados exclusivamente para a criação comercial de peixes.

Nesse sistema, é preciso ter controle sobre a qualidade da água e fornecer rações complementares aos peixes.

O sistema semi-intensivo deve basear-se em um programa de produção, com intervalos predefinidos entre as etapas de povoamento até a despesca (fases do ciclo produtivo). Ele necessita de maior demanda de mão de obra, quando comparado com o sistema extensivo.

É um sistema bem adequado à técnica do policultivo, podendo-se cultivar quase todas as espécies de peixes comercializadas, principalmente, quando se tem como objetivo fazer o fornecimento de peixes para pesque-pague ou, mesmo, para o comércio de peixes abatidos em menor escala.

Mas deve-se ter em mente que, nesse sistema, nada impede que as espécies também sejam criadas individualmente, ou seja, com a técnica de monocultivo.

O sistema semi-intensivo exige o uso de certo grau de tecnificação para a sua implantação e manutenção, principalmente no que diz respeito à alimentação dos peixes, uma vez que a oferta de alimento natural dentro das unidades é pequena em relação à densidade de estocagem, que é bem maior do que no sistema extensivo.

Isso fica muito evidente quando os lotes de peixes alcançam a fase de terminação (engorda final) já que nesse momento as biomassas totais são mais altas e o alimento natural fica bem mais limitado.

Dessa forma, o alimento natural produzido no ambiente desses viveiros não é suficiente para atender à densidade de estocagem de peixes cultivados no sistema semi-intensivo e, por isso, há necessidade de agregar outra fonte de alimentos para complementar a dieta dos peixes, o que é feito, em boa parte, por meio do fornecimento de rações comerciais.

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Por Daniela Guimarães