“O bom manejo sanitário do rebanho ovino é a forma mais eficiente de prevenção de doenças. Além disso, o contínuo monitoramento dos ovinos ajuda na identificação de sintomas para buscar soluções mais assertivas para a erradicação da doença”, explica Luís Fonseca Matos, professor do Curso CPT Instalações para Ovinos. Caso contrário, o plantel estará exposto a uma série de agentes patogênicos, o que pode impactar no seu desempenho produtivo e reprodutivo.
Verminoses
As verminoses são amplamente prejudiciais ao rebanho ovino e ao ovinocultor. Daí a extrema necessidade da vermifugação periódica dos animais, para evitar contaminação por tricostrongilídeos. Todo o plantel pode ser infectado com ovos de helmintos no contato com as fezes de animais doentes.
Quando infectado por esse agente patológico, o ovino apresenta gastrenterite crônica, manifestada pelos seguintes sintomas: anemia, inapetência, perda de peso, diarreia, desidratação e morte.
Bernes e miíases
Os bernes são larvas de moscas, que contaminam rebanhos bovinos, bubalinos, caprinos e ovinos. Quando em pouca quantidade no animal, ele pode ser removido manualmente, mas com uma certa dificuldade. O mais recomendado é exterminar o vetor, ou seja, a mosca transmissora.
Para isso, são utilizados potentes larvicidas, que também combatem a mosca Callitroga americana. Esta causa outra doença, a bicheira, que se desenvolve e se alastra em feridas e machucados.
Sarna, piolhos e carrapatos
Na ovinocultura brasileira, um tipo de sarna muito comum é a psorótica, disseminada pelo ácaro Psoroptes ovis, que perfura e infecciona a pele do animal. O melhor tratamento para a sarna é por meio de produtos sarnicidas, prescritos por médico veterinário.
Quanto ao piolhos, além das coceiras, eles causam queda da lã e devem ser combatidos, o quanto antes, com piolhicidas. Já os carrapatos infestam os ovinos, em regiões deslanadas, e devem ser dizimados com carrapaticidas.
Brucelose e febre aftosa
A brucelose é uma doença infecciosa causada pela bactéria Brucella ssp. Sua erradicação, em nível global, torna-se urgente, já que se trata de uma zoonose, ou seja, pode ser transmitida ao homem. Os ovinos gravemente infectados devem ser sacrificados e devidamente descartados.
Quanto à febre aftosa, ela é uma doença causada pelo RNA-vírus, com alto grau de contágio. Quando contaminado, o ovino apresenta os seguintes sintomas: febre, erupções na pele, nas mucosas e na fenda dos cascos.
Gangrena e tétano
A gangrena é uma doença que surge em ovinos recém-castrados ou com ferimentos. Os principais sintomas são perda de equilíbrio e febre. Para prevenir esse terrível mal no rebanho ovino, todos os animais devem receber imunização com vacina polivalente.
Já o tétano é causado pela bactéria Clostridium tetani. Quando acometido pelo patógeno, o ovino apresenta imobilidade parcial (no início) e total (com o avanço da doença). Como medida preventiva, qualquer animal submetido à cirurgia deve receber vacina antitetânica.
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Fonte: cpt.com.br
Por Andréa Oliveira.
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