Como identificar a bouba aviária?

Também conhecida como varíola aviária (vulgarmente como pipoca ou caroço), é uma doença infecciosa que ataca as aves em todas as idades

A bouba aviária tem como agente etiológico o poxvírus, que é eliminado nos tecidos das mucosas e pele contaminadas, caracterizando-se por nódulos escuros na pele em volta dos olhos, bico, crista e barbelas.

Essa doença ataca muitas espécies de aves e a sua transmissão é de forma horizontal (entre aves de mesma idade), através de vetores biológicos e mecânicos (equipamentos).

Sua incidência ocorre com mais frequência nas épocas quentes e chuvosas, principalmente em locais próximos a águas paradas, devido a muitos mosquitos serem transmissores da doença, mas o contato com aves doentes ou objetos contaminados também pode proliferar a doença.

Tem um período de incubação de 4 a 10 dias, com morbidade podendo chegar a 100% e mortalidade a 90% do lote.

O diagnóstico clínico pode-se basear na forma cutânea e mucosa. A forma cutânea apresenta erupções nodulares que podem coalescer. Inicialmente, tem a cor rósea, ficando amarela, e finalmente forma uma crosta cinza.

As lesões podem atingir, especialmente, as áreas do corpo da ave desprovidas de penas como as canelas, os dedos, as comissuras de bicos, as cristas e barbelas, enquanto, na forma mucosa, há o aparecimento de lesões branco-amareladas, que, na presença de bactérias, toma aspecto purulento. Dependendo da lesão, a ave pode morrer por asfixia e inanição.

A vacina é indispensável para evitar a doença, deve ser aplicada nas aves de 1 a 5 dias de idade, na membrana da asa ou na coxa, após a retirada das penas. Geralmente, a vacinação se dá com o uso de cepa suave para pintos (1 dia de idade) e cepa forte em frangas e aves adultas.

O vírus vacinal de reação forte pode produzir a doença em aves jovens, devendo ser usado apenas para aves adultas ou acima de 21 dias de idade. As aves que estiverem em produção de ovos não devem ser vacinadas. Em pintos de um dia, a vacina atenuada pode ser usada em conjunto com a vacina contra a Doença de Marek.

Não existe tratamento específico, mas o controle de fatores causadores de estresse pode contribuir para a recuperação das aves, como a aplicação de antibióticos, que não combatem o vírus, mas evitam infecções bacterianas secundárias, e a administração de vitamina A para recuperação dos epitélios.

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Por Daniela Guimarães.