Os cistos ovarianos ocorrem mais do que se imagina em vacas leiteiras. De dez vacas, uma desenvolverá um cisto em alguma fase da vida. Para ser classificado como cisto, ele deve apresentar tamanho maior que 17 milímetros e se manter no ovário mesmo sem ovulação. Mas eles podem sumir ao começar um novo ciclo. Além da queda no desempenho reprodutivo da vaca, os cistos causam sérios prejuízos econômicos ao pecuarista.
Quais as vacas com maior suscetibilidade a cistos?
Os cistos ovarianos são mais comuns nos primeiros dois meses de lactação, pois é o período de maior ocorrência de distúrbios metabólicos em vacas leiteiras. As vacas com maior suscetibilidade a cistos são as que apresentam infecção uterina, retenção da placenta, parto complicado, parto de gêmeos (gemelar) e distocia (atraso no parto). O mesmo ocorre com vacas mais velhas (vários períodos de lactação) quando comparadas às novilhas (primeira ou segunda lactação).
Não podemos nos esquecer das vacas com escore de condição corporal elevado na secagem. Inclusive, estas apresentam mais que o dobro de probabilidade de desenvolver cistos ovarianos, após o parto, em relação a vacas com o escore de condição corporal normal.
Quais os sintomas em vacas com ovários císticos?
Os principais sintomas em vacas com ovários císticos são: anormalidades no comportamento estral (cio), como cio persistente ou intervalos curtos de cio; além da ausência de cio, também conhecida como anestro.
Qual o tratamento em vacas com cistos ovarianos?
O diagnóstico para detectar o tipo de cisto presente no ovário de uma vaca não é nada fácil. Geralmente, os cistos lúteos são maiores e mais sintomáticos quando comparados aos cistos foliculares. Após o médico veterinário detectar o tipo de cisto, ele prescreve um tratamento à base de hormônios.
No caso de cistos lúteos, o hormônio utilizado é a prostaglandina (PG) devido à sua maior eficácia. Também pode ser ministrada uma dose única de gonadotrofina coriônica humana (hCG) seguida de prostaglandina (sete dias). Já para cistos foliculares, o hormônio utilizado é o liberador de gonadotrofina ou similar.
Como minimizar esses distúrbios ovarianos em vacas leiteiras?
Para minimizar esses distúrbios ovarianos em vacas leiteiras, o pecuarista deve manter o escore de condição corporal da vaca normal na secagem e fornecer ração balanceada para vacas de transição. Em relação às vacas que apresentam ovários císticos crônicos, elas devem ser abatidas.
Fora outros cuidados, como adotar melhores estratégias para lidar com problemas, como retenção da placenta, metrite (descarga uterina aquosa e fétida após o parto), distocia (atraso no parto), partos gemelares (gêmeos), entre outros.
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Fonte: Milk Point
Por Andréa Oliveira
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