Como a bovinocultura enfrenta os desafios da produção de carne?

Usando as melhores estratégias para competir no mercado de carne do Brasil

A bovinocultura de corte no Brasil representa uma das mais importantes e complexas cadeias produtivas do país. Desde a produção de insumos e equipamentos até a entrega da carne ao consumidor final, essa atividade permeia diversos setores da economia. Nesse contexto, a busca pela eficiência produtiva e econômica tornou-se importante para a sobrevivência e o sucesso dos empreendimentos que atuam nesse mercado altamente competitivo.

No Brasil, devido às características agropecuárias favoráveis e à vasta extensão territorial disponível, o sistema de produção predominante na bovinocultura é o de criação extensiva. Nesse método, o gado é engordado principalmente através do pastoreio em pastagens, complementado por alimentação suplementar quando necessário, explica o Prof. Gilmar Ferreira Prado, do Curso CPT Alimentação de Bovinos de Corte.

Para alguns, a adoção de práticas mais intensivas na criação de gado é desencorajada devido aos altos custos associados aos insumos e à necessidade de investimentos em tecnologia. Isso evidencia que a escolha de um determinado sistema de produção está diretamente ligada às condições socioeconômicas e culturais da região, bem como à capacidade da propriedade de realizar investimentos em insumos e tecnologia.

Considerando a vasta diversidade de regiões e condições climáticas no Brasil, junto a necessidade de lucratividade na pecuária, é compreensível a existência de diversos tipos de sistemas de produção de gado de corte. Nesse contexto, torna-se essencial uma análise cuidadosa de cada situação, visando adaptar a propriedade às técnicas e tecnologias mais avançadas, de acordo com suas capacidades, a fim de minimizar as perdas.

Além disso, é importante considerar as mudanças no mercado de carnes ao longo dos anos, com os consumidores cada vez mais conscientes e exigentes em relação à qualidade da carne que adquirem para consumo doméstico.

Para atender a essas demandas e manter sua participação no mercado, os produtores se viram compelidos a investir em tecnologia e aprimoramentos no manejo e na alimentação do rebanho. Essas ações visam adequar e otimizar a cadeia produtiva, permitindo que acompanhem as transformações do mercado e, consequentemente, alcancem lucratividade com a atividade, assumindo uma classificação mais próxima à de empresa rural.

Com a produção primariamente baseada no sistema de pastagens, que utiliza gramíneas sujeitas à estacionalidade de produção, foi importante investir em técnicas para mitigar os desafios decorrentes da escassez temporária de alimentos, sem aumentar os custos. Portanto, foi necessário desenvolver um planejamento eficaz que priorizasse estratégias como adubação e suplementação, além de uma exploração racional, considerando outras peculiaridades do sistema.

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Por: Thiago de Faria